A Poente...

A Poente...
Na Baía de Nacala!

Alfacinha

Alfacinha
encontra Mapebanes

Luso calaico

Luso calaico
visita Etxwabo

domingo, 23 de setembro de 2012

“The chief challenge facing the analyst of contemporary Africa is to explain how the continent can be both modern and undeveloped – that is, what modernization might mean in a context where there is no development as it is normally understood in the West.”

Patrick Chabal, Africa Works, Disorder as political instrument, Africam Issues, 1999, página 144.

Comunitarismo?

“We think it more profitable to analyse the anthropological evidence for existing, and crearly enduring, mentalities which are relevant to the politics of Africa. Of these we would stress fatalism, understood as a rational response to the huge degree of uncertainty faced by most of the continent’s population, and the primacy of the collective over the individual, itself the outcome of a realistic appraisal of what constitutes the best guarantee of survival in the face of a perennially threatening outside world.”

Patrick Chabal, Africa Works, Disorder as political instrument, Africam Issues, 1999, página 130.

Mogincual

Saimos da pensão depois do pequeno almoço e do pagamento do quarto (350 Mt mais 50 Mt para o apoio do cozinheiro), para levar as garrafas vazias à barraca da vila e visitar a Praia de Mogincual; cerca de 7 km de pista de areia, subimos a duna e aparece uma paisagem magnífica, de rio paralelo ao mar com uma língua de terra com casuarinas; o caminho não deche para a praia, mas leva-nos até ao rio, um pouco mais a Sul; um barco grande em construção, outro a ser pintado, estão vários pescadores; está o carro do sul africano com o japonês; não tenho mais bateria no aparelho de fotografias; não apetece tomar banho no rio, no meio do mangal; regressamos a Liupo, deixando depois do rio Mogincual, junto a uma “loja”, uma estrada à esquerda que vai “directa” (?) à praia seguindo depois para Quinga; em Liupo paramos para tomar um sumo na bomba de gasolina, que não tem combustivel. Começa a chover e fechamos “o descapotavel”; a X desiste da condução, está cansada; retomo a pilotagem até Corrane; pista má, muitos buracos perigosos, muita tola ondulada; a chuva agrava-se, o caminho está péssimo com muita lama escorregadia; a pouco e pouco vamos andando e chegamos a Nampula (com 580 km), super enlameada, na saída de Angoche; aqui a estrada está um verdadeiro caos de lama e buracos. Chegamos ao JFS.

sábado, 1 de setembro de 2012

Costa Sul de Nampula

Depois de esperar uma hora pelo açucar para o Café, o dono informa que está tudo fechado, não há açucar – nem matabicho. Visitamos o bairro dos pescadores na vila Angoche, algumas fotografias de predios meio desertos, meio inacabados, algumas boas peças arquitectonicas. Saimos em direcção a Boila, à direita para Namaponda; aqui a estrada que vai para Quinga está inutilizada, não se pode passar; mais à frente, a ponte sobre o Rio Metomode caiu e temos que passar na água; a tracção está ligada e passo sem problemas, com cuidado; continuamos até Liupo e viramos na primeira à direita para Quinga; aldeia pequena, não há onde comer ou dormir; o Sr. José Manuel oferece um quarto e oferece-se para cozinhar; a estrada que está no mapa e que liga Quinga a Mogincual parece estar em más condições, o nosso informante refere que podemos não conseguir passar; vamos pensar o que fazemos e seguimos uns 3 km em direcção à Praia; deparamos com uma casa no alto da duna; o acesso à praia é por um caminho a direito, que desce a duna íngreme, com muita areia solta; penso que será difícil para subir; entramos na casa e perguntamos se existe outro acesso à praia; um homem diz que sim e oferece-se para nos conduzir; entra no carro, seguimos um pouco para Norte e começamos a descer; areia, já em baixo, outra duna íngreme, mais pequena, areia muito solta; o Surf porta-se bem; paramos e damos 20 Mt ao guia que regressa a pé; vamos petiscar o que trouxemos, tirar umas fotografias; em frente à praia, um rio paralelo ao mar onde alguns pequenos barcos à vela e a motor fazem a entrada para o interior; não tomamos banho e voltamos à viatura; subida dificil, carro em 4 altas, quase parou na subida, mas conseguiu. Regressamos a Liupo. Decidimos então ir para Mogincual, onde haverá sítio para dormir, após cerca de 60 km de pista razoável. Logo à entrada está a Casa de dormidas, comida não tem; andamos 3 km até ao centro da Vila e fazemos compras no Mercado (arroz, peixe, cerveja, coca-cola, óleo e cebola); regressamos à casa de dormidas e iniciamos o jantar às escuras, no fogão a carvão; aparece um sul africano e um japonês, parecem à procura de sítios turísticos de praia para investir; ensinamos o cozinheiro deles (que de facto sabe muito pouco de cozinha); vamos-nos rindo; o jantar está muito bom e ficamos ao serão em amena cavaqueira; nisto começa a chover, pesada tropical. Cama, um calor imenso, não há energia para ventoinha (tem algumas lampadas com energia solar).