As chuvas que mantém a floresta tropical húmida estao aí; todos os rios
e ribeiros ultrapassam os caudais, as picadas transformam-se em ribeiros, a
enchente é geral e a Estrada Nacional 1 mantém alguns cm de àgua!
Depois de uma tarde na cidade de Nampula às compras e falar com os
amigos, nuvens negras acumuladas, começa a chover, quando chegamos ao desvio de
Marrere alguns carros em SOS, passamos vários entre buracos de lama e enxurrada
geral, até perto da primeira ponte; um poste eléctrico caído corta a estrada ao
meio e a ponte está coberta, uma peque na parte dos marcos ainda se vê; o rio
passa forte e rápido acima da ponte; a Z não quer passar, fala do Padre,
que assim foi; eu não estou seguro do underground (underwater); meia volta e
toca a retomar para o caminho alternativo. A àgua cobre toda a estrada,
ultrapasso um SUV ainda virado para baixo, mais acima um 4x4 a descer enfiou
num buraco e está a tentar sair com ajuda de uns 6 locais; aguardo muitos
minutos com o motor em marcha; conseguiu sair, marcha a traz, meia volta. A Z sai com chuva larga para medir e estudar os buracos do rego principal,
atravessando a estrada da esquerda (onde nós estamos), para a direita (onde se
tem passado a subir e a descer já desde alguns dias, depois das primeiras
chuvas). Um pau grande entra e desaparece no buraco do meio: mas não está a
perceber bem o tipo de estudo, perde-se na distãncia. Um local apanhou a
mensagem, fez a apalpação, melhor pelpação, e está a andar, passando regos e
buracos 4X4 maravilha, não falha nada; recolho Z e subo cuidadosamente,
avisando todos os “contrários” com gesto enérgico a dizer não! Apoio em
português, Rainha de Iunga grita (diz que eles não percebem o meu português) e
apanhamos o A na mesma posição, avisamos. Chegamos à Nacional e volta
para Oeste, está a andar até à fábrica de cerveja, para apanhar o caminho para
Marrere. No sítio, aparece o A e estamos a entrar no mato. A tropical
equatorial muito mais que húmida continua. Os caminhos e picadas
transformaram-se em lençois de àgua corrente. Vira à direita (podia eu ter-me
enganado?) e está um turismo atolado à direita (fora de mão). O vizinho pára
para dar uma ajuda, eu forneço a corda de reboque. Não sai. Vão vuscar um
ferro. Conseguem tirar o carro da lama, mas “escuchinaram” o pàra choques do
colega. Entretanto, pouco à frente, um de 3 carros que tinham passado, apagou na
àgua. Estamos a andar, continua a chover pesado, locais (5) indicam a melhor
passagem do próximo “ribeiro” (onde estava o outro carro a ser empurrado e quase
a sair do ribeiro), a àgua chega bem alto na carrosseria du Surf), e nisto os
outros já tinham conseguido empurrar o carro para fora da água; suavemente a
três carros sobre a àgua corrente, chegamos ao Hospital de Marrere (tudo às
escuras, electricidade já foi, provavelmente com o tal poste), viramos à
direita, descemos a principal, sem grandes problemas, um local já conhecido de
habilidade necessària, abandono o Guia e entro no atalho poente do Campus, que
felizmente (não deu para comprar carvão) tem energia, para fazer o jantar.
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