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domingo, 3 de junho de 2018

29 de Abril



Saí às 10:30 com o TG no carro da Z em direção à nacional, virar à direita para a Zambézia até à fábrica de cerveja, à direita outra vez, Matadouro, muita lama, caminho em direção a Rapale. Uns bons quilómetros de terra, algumas corgas a ultrapassar com cuidado, passar a feira, até um pequeno monumento da independência, um centro de saúde e um posto administrativo; paramos numa barraca melhorada, loja e bar, alpendre coberto, jogo do tabuleiro de madeira com bolinhas verdes, do Cabo do Régulo Caramacha (o nome de toda esta área, Caramacha Naphome, “cara manchada de sangue”, que alegam ser devido a ter sido uma zona muito atacada pela guerra civil, onde as pessoas eram frequentemente agredidas!). Tiro umas fotos. A casa do homem dos batuques está para trás, vai um moço connosco. Deixamos o caminho principal saindo à esquerda, caminho mais estreito, há muito que não passa carro; calor, avanço devagar no meio do mato e nisto o pneu de trás à esquerda rebenta: passei em cima de um pequeníssimo tronco de pau preto cortado pouco acima do chão, coberto de vegetação, com vários bocados aguçados. Macaco (falta uma peça), suplente, tábua e está a andar. Era frente à casa de uma família, deixamos o carro entregue e continuamos a pé. Não é muito longe a casa do senhor: a mulher atende-nos, duas crianças pequenas, o homem está na feira, dá-nos um saco de amendoim. Voltamos para trás, pegamos no carro e seguimos até à feira, muita gente, movimento, tomate, banana, milho, carvão. Lá se encontra o senhor, ainda não terminou os 5 batuques, talvez só daqui a uma semana. Compro dois sacos de carvão e regressamos sempre pelo caminho de terra, à esquerda, até ao Hospital de Marrere, descendo depois para o Campus. 

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