“A Pré-História
No vasto território que o povo macua ocupa hoje, no norte de Moçambique, há importantes estações arqueológicas e de arte rupestre, que testemunham a presença na região, em tempos passados, de povos antigos antes da chegada dos macuas (bantus). Os primeiros habitantes da região foram os povos Khoi e San, descendentes de homens de Grimaldi e dos Boskop. A arte rupestre e as estações arqueológicas encontradas na região poem em evidência a presença de povos com mentalidade distinta, em épocas muito distantes, e são vestígios do Paleolítico (a estação de Riane), de uma escrita hieroglífica primária (a estação de Campote, no Niassa) e de agricultores com mentalidade neolítica (estações de Nacavala, Murrupula e Mogovolas, em Nampula).”
“Séculos XV-XVIII: Os estados afro-asiáticos da costa e os regulados macuas
Os Árabes introduziram entre os macuas intercâmbio de produtos em larga escala, novas técnicas agrícolas, novas espécies de plantas e o comércio de escravos.
Obrigados a defender o seu território e querendo controlar por si próprio o comércio do marfim e o tráfego dos escravos, estabeleceram-se uniões e mini-alianças entre os vários grupos clânicos, aparecendo, deste modo, aquilo a que podemos chamar de confederações de clãs. É o caso dos Chacas, Erati e Meto, no vale do rio Lúrio; e dos Namarróis, mais a Sul do território macua.”
Entre alguns chefados macuas e os pequenos reinos afro-asiáticos da costa estabeleceram-se alianças baseadas no comércio de produtos e no tráfico de escravos. Começou desta forma o capítulo mais trágico da história do povo macua: a escravatura. Sobre a escravatura entre os macuas foram levantadas várias hopóteses e feitas diferentes interpretações; entre os Macuas-Meto, existiriam clãs de homens livres e clãs de escravos; outros falam de escravatura doméstica
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