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domingo, 10 de janeiro de 2016

A que se deve a fraca aderencia ao TARV?

Depois do encontro com a equipa de inquiridores e de activistas de uma associação local, da apresentação ao Director e quadros da F e passar no H. Distrital para apresentação ao Médico Chefe Distrital, saímos para o C. S. de O. onde recolho dados em 40 processos clínicos; o arquivo de processos clínicos está bem organizado. Encontro com o Médico Chefe, Dr. R. (informa que tem base de dados do serviço HIV/SIDA no CS e informa que os abandonos ultrapassam 50% dos pacientes que iniciaram TARV) e entrevisto 2 funcionários do ATS, conselheiros TARV (os GAACs não são formados por falta de apoio à formação dos membros constituintes; as buscas activas já não são realizadas por falta de transporte – bicicleta, para percorrer longas distancias; o Comité TARV não reúne semanalmente por falta de lanche – F. já não apoia com comida; tem vários pacientes há mais de 1 ano em TARV com CD4 que não sobe acima de 70, alguns mesmo a descer, sem noção de ma aderência ou de interacções medicamentosas). Saímos depois para recolher um dos activistas, em uma pequena aldeia a uns 10 km de O.: porcos negros à solta, motorista pára para recolher carne de porco já assada que tinha encomendado; maçarocas arrumadas em cestos cilíndricos sobre estrado de paus a 1 m do chão, sem tampa e em plataformas de paus, mesma altura; mas não são muitas, penso que não chegarão a uma espiga por dia para o ano para cada membro da família. No Centro de Promoção de Saúde Comunitária (construído pela F já em 2005) frente ao CS, reunimos a equipa, há peixe do Rio Lúrio (parecido com bogas do Rio Cabril); compram galinhas, cana-de-açúcar e peixe. Na estrada vende-se repolho, caju e peixe, galinha já assada. Janto à noite no mesmo restaurante de ontem, hoje muito mais cedo: encomendei às 18h, estou a escrever, está a andar e às 19 estou a comer (frango, batata frita e salada), não estava mau mas um pouco curto. Sento-me um pouco no bar da residencial, aparecem duas malucas, pago 2 Sprites (queriam cerveja); despejam as latas muito rápido, continuam a pedir cerveja, querem mais uma bebida; acabo o JW, pago ao balcão e estou a bazar para o quarto. 

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