Sábado de manhã acordei tarde, uma volta no terreno da casa com vedação
de espinhosa; a s explica como o vizinho da esquerda procedeu à ocupação
indevida do terreno dela, construída uma casa de banho, uma fossa, uma segunda
casa de banho; não sabe como vai resolver o assunto; a Z foi fazer algumas
compras de prendas e outros para a malta aqui: F e 2 netos do primeiro
filho falecido, com uma irmã mais nova com duas miúdas pequenas. Saímos às 12 h,
em direcção de Matola Rio, a circular novissima está interrompida, saímos à esquerda
guiados por uns moços a andar e correr, muita lama, poças enormes, um conflito
de prioridade, alguma conversa, vamos passando; chegamos à antiga estrada para
Boane e paramos no O para dar duas de conversa; chegou com a mulher,
contamos as últimas novidades e oferece-nos mel. Começamos a subir
a montanha para Namaacha, paisagem simpatica e entramos na Swazilandia ao cair
da noite, depois de carimbar os passaportes (Moz e Swazi), pagar uma taxa do
carro (250 Mt, pagos com cartão Standard em 50 ZAR para a Swaziland Revenue
Autho Swaziland), ser revistados (a modos que) pelos Swazi e retirados alguns
frutos que a Z tinha guardado do que ofereceu à mãe (para plantar em
Nacala), além de pulverizarem a esteira; não reagiram ao arco e ás flechas.
Subimos mais à montanha, passamos Maphiveni, Simunye, Mpaka, Hhelehhele, descemos
do outro lado, percorremos uma planície estreita entre duas montanhas, damos
uma volta rápida em Manzini (a segunda cidade, duas avenidas ou ruas principais
e pouco mais) e rumamos à capital, Mbabane, onde descobrimos um hotel caro mas de estilo clássico melhorado, Mountain Inn Swaziland. Jantar razoável,
cerveja com gosto e nome local, vista espectacular,
quarto simpático, fogo-de-artifício e música (maioria de brancos estrangeiros).
Nem sequer pedimos Champanhe, havia Amarula e Whisky que tínhamos trazido, no
quarto bem confortável com uma vista espectacular para um vale sem fim!
sábado, 18 de março de 2017
segunda-feira, 13 de março de 2017
SEAT 2016 - 2017: 1 de Janeiro!
Domingo, depois de um óptimo pequeno-almoço e um banho na piscina do
Inn saímos para dar uma volta na Capital, Mbabane: tipo pequena cidade da Holanda, alguns predios de andares, pequena, o edificio mais singular a embaixada da China; alguns viadutos e vias mais ou menos rapias. Saimos para a fronteira norte, em direcção às pinturas rupestres (rock
paintings) de Nsangwini. Pelo caminho artesanato de pedra, bonito, muitos
animais, simples; estrada de montanha, passamos Motshane, Nkhaba, Forbes Reef e
saímos à direita, estrada secundária (MR 32); aparece uma albufeira
interessante com barragem e central eléctrica (Maguga Dam), estrada boa com muitas
curvas, paramos para umas fotografias; saímos mais à frente para a pista (está sinalizado)
e depois de 7 km chegamos a um pequeno largo e parque com cabana de paus e
pedras por cima, média montanha; chega uma rapariga fazendo sombra com a
capulana, informa e cobra bilhetes e temos uma visita guiada: subir o monte um
pouco, floresta média baixa, passar o colo de erva para Sul, descer ligeiramente
para o vale do mesmo rio da Barragem, abrir cancela (anda por ali o gado ovino
e caprino), carreiro de pedras a descer íngreme; à direita, de baixo de um
penedo de pala médio, em plataforma facilmente defensável (semelhante em forma
a Masuse, mas mais pequeno), estão as pinturas, abundantes em tons de vermelho
e preto.
A guia explica que seriam cerca de 30 pigmeus a viver ali há 4.000 anos
(2.000 aC); os “bushman” acreditavam em dois mundos, o ambiente e o do poder, e
quando não podiam resolver as situações reais, o “Xaman” pintava a cena.
Detalhes de animais (elefante, vacas), guerreiros; eles não tinham animais
domésticos, só colhiam e caçavam; quando os Bantos chegaram cerca de 1.100 dC (há
900 anos) traziam gado domesticado e os “Sam people” caçavam esse gado
provocando a guerra; os Banto traziam armas de ferro e os Bushman só tinham
paus e pedras; a derrota fez com que fugissem para os desertos do Botswana e Namíbia,
Calaari. Esta cena foi pintada.
Retomamos o Surf rumo a Piggs Peak, vastas
florestas de pinheiros e eucaliptos, bem geridas, parece uma paisagem europeia!
Procuramos um Lodje com parque e animais, em zona de floresta alta e densa,
pista de montanha; está cheio, os macacos aparecem, retomamos a picada de
floresta até Bulembu (MR20). Antiga aldeia mineira de Asbesto, traz-me imagens
da Borralha. Lodge muito simpático (Bulembu Country Lodge), recepção agradável,
dois jovens com uma moçambicana, fazem-nos uma visita guiada às instalações; jantar
(sem álcool), quarto confortável em suite espaçosa, jardim muito cuidado,
paisagem envolvente de alta montanha; pago 600 S adiantado; o
ambiente recria as minas da Borralha quando estavam a funcionar e a urbanidade
o modelo da HICA no Barroso dos anos 60. Aparentemente é um couto privado, em
que está em andamento um projecto de reabilitação, talvez incluindo ainda
mineração (ouro?); tem regulamentos especiais para os jovens residentes que
saem para estudar fora da comunidade (?). Consumo de álcool interdito e uma
forte componente cristã. Tudo limpo e muito calmo. Temperatura óptima.
quinta-feira, 2 de março de 2017
SEAT 2 de Janeiro 2017
Pequeno-almoço em ambiente familiar em Bulembu e saímos para a
fronteira da AS muito perto onde entramos sem problemas rapidamente, com dois
mapas regionais óptimos. Estamos na região de Mpumalanga, com um excelente
património e oferta turística. Esta zona liga com o Kruger Lowveld e Ehlanzeni,
com o Parque Nacional e muitas outras reservas de animais e de caça; o mapa
gratuito no posto fronteiriço mostra dezenas de alojamentos e circuitos
activos. Montanhas imponentes e uma interpretação geológica inédita, com
exemplos de apoio (rochas de todos os tipos e épocas da evolução da terra,
algumas consideradas das mais antigas do mundo). Muitas curvas e muitas descidas,
bem inclinadas, travão a fraquejar, até Barberton, vila média bem arranjada.
Meter gasóleo (650 ZAR, Coach Motors) que aqui é mais caro que em Moçambique e
levantar dinheiro no ATM (1.000 ZAR); enganamo-nos na saída, perguntamos, meia
volta, passamos Badplaas, direcção Carolina e depois de Hendrina apanho a
auto-estada N12 até Joanesburgo, sempre a andar bem, muito movimento, grandes
motas em grupos. Mais lentamente pela avenida principal até ao centro da cidade.
Muito sujo, carradas de lixo por todo o lado, prédios bastante degradados, muita
gente na rua em movimento, outros sentados ou deitados, consumo de cervejas e
drogas á vista de todos, muitos “pobres”! Encontro no terminal rodoviário e ferroviário
central com o tio K e o primo. Vamos até Bluefontein, South Gate atrás do
carro deles, cruzando a cidade para Este. Algumas vias rápidas para chegar
depois a uma casa num prado extenso, um pouco degradada, do outro lado da maior
prisão da África do Sul. Bom acolhimento, casal, uma neta, duas filhas e três
rapazes (um mora ao lado em outra casa com a mulher e a filha); matar saudades,
conversa puxa conversa, jantar de frango e dormida (no quarto dos donos, penso).
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