Domingo, depois de um óptimo pequeno-almoço e um banho na piscina do
Inn saímos para dar uma volta na Capital, Mbabane: tipo pequena cidade da Holanda, alguns predios de andares, pequena, o edificio mais singular a embaixada da China; alguns viadutos e vias mais ou menos rapias. Saimos para a fronteira norte, em direcção às pinturas rupestres (rock
paintings) de Nsangwini. Pelo caminho artesanato de pedra, bonito, muitos
animais, simples; estrada de montanha, passamos Motshane, Nkhaba, Forbes Reef e
saímos à direita, estrada secundária (MR 32); aparece uma albufeira
interessante com barragem e central eléctrica (Maguga Dam), estrada boa com muitas
curvas, paramos para umas fotografias; saímos mais à frente para a pista (está sinalizado)
e depois de 7 km chegamos a um pequeno largo e parque com cabana de paus e
pedras por cima, média montanha; chega uma rapariga fazendo sombra com a
capulana, informa e cobra bilhetes e temos uma visita guiada: subir o monte um
pouco, floresta média baixa, passar o colo de erva para Sul, descer ligeiramente
para o vale do mesmo rio da Barragem, abrir cancela (anda por ali o gado ovino
e caprino), carreiro de pedras a descer íngreme; à direita, de baixo de um
penedo de pala médio, em plataforma facilmente defensável (semelhante em forma
a Masuse, mas mais pequeno), estão as pinturas, abundantes em tons de vermelho
e preto.
A guia explica que seriam cerca de 30 pigmeus a viver ali há 4.000 anos
(2.000 aC); os “bushman” acreditavam em dois mundos, o ambiente e o do poder, e
quando não podiam resolver as situações reais, o “Xaman” pintava a cena.
Detalhes de animais (elefante, vacas), guerreiros; eles não tinham animais
domésticos, só colhiam e caçavam; quando os Bantos chegaram cerca de 1.100 dC (há
900 anos) traziam gado domesticado e os “Sam people” caçavam esse gado
provocando a guerra; os Banto traziam armas de ferro e os Bushman só tinham
paus e pedras; a derrota fez com que fugissem para os desertos do Botswana e Namíbia,
Calaari. Esta cena foi pintada.
Retomamos o Surf rumo a Piggs Peak, vastas
florestas de pinheiros e eucaliptos, bem geridas, parece uma paisagem europeia!
Procuramos um Lodje com parque e animais, em zona de floresta alta e densa,
pista de montanha; está cheio, os macacos aparecem, retomamos a picada de
floresta até Bulembu (MR20). Antiga aldeia mineira de Asbesto, traz-me imagens
da Borralha. Lodge muito simpático (Bulembu Country Lodge), recepção agradável,
dois jovens com uma moçambicana, fazem-nos uma visita guiada às instalações; jantar
(sem álcool), quarto confortável em suite espaçosa, jardim muito cuidado,
paisagem envolvente de alta montanha; pago 600 S adiantado; o
ambiente recria as minas da Borralha quando estavam a funcionar e a urbanidade
o modelo da HICA no Barroso dos anos 60. Aparentemente é um couto privado, em
que está em andamento um projecto de reabilitação, talvez incluindo ainda
mineração (ouro?); tem regulamentos especiais para os jovens residentes que
saem para estudar fora da comunidade (?). Consumo de álcool interdito e uma
forte componente cristã. Tudo limpo e muito calmo. Temperatura óptima.
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