“Dear Colleagues, I’m facing a problem here,
probably basic. Health education and promotion, disease and accident prevention,
depends on risk probability. Overhere, risk concept does not exist (scarcely),
since your life is conducted by Destiny and allien or tribal strenghs. Your
life does not depend on your behaviour! I’m sure somebody has met the same situation!
What can we do?”
terça-feira, 10 de dezembro de 2019
Continuando
Apesar de todas as campanhas e demagogia,
continuamos bem do outro lado da fratura digital, acesso net tem sido um
suplício; não admira, o nível de consumo está abaixo de zero (uma família média
de Nampula (680.000 habitantes) de 5 pessoas com 45 euros por mês (3.000 Mt),
dá roubo de acessórios!
2019.10.08
Ontem
acordei às 4:30, pequeno almoço clássico, saí de FV às 6, estava a chover;
pouco depois da barragem de Nacala, começa a cair chuva a sério,
limpa-para-brisas nada; depois parou, sempre cinzento; centenas de crianças ao
longo da estrada, mais ou menos uniformizadas ou com pequenos sacos com os
cadernos e livros; dezenas de mulheres vestidas de capulanas das cores mais
garridas; sem paragens pela polícia. Chegar em Marrere, no
escritório às 9h, up date!
terça-feira, 26 de novembro de 2019
ainda... outubro!
No Sábado li um livro que o SL me ofereceu quando vinha de Portugal, sobre os “Angónis”, história e costumes (Instituto de Investigação de Moçambique, 1950).
Á noite festa de Quelimane, em Nacala, cidade alta, T-shirts Cidade que anima!, grupo de uns 30 Machuabos, em casa da K. Comida típica da Zambézia, muita música e dança!
terça-feira, 19 de novembro de 2019
Espantado?
Acedi às estatísticas do BLOG: inesperado - o topo de visitantes está em Moçambique, mas igual aos USA (e Alasca)! Segue-se Portugal, no wonder. Em terceiro lugar, a Rússia! Quem diria? Ele há coisas!
8 de outubro, 2019
Hoje é terça-feira. Na
sexta passada, iniciei a mudança de casa – 2 malas e 15 caixas de livros, 1
saco de fetiche! A estante lá estava no escritório, mas “demasiado local”! Estava sujo, não arrumei; depois, limparam. Arrumei
no sábado, utilizando as minhas esculturas de palavras em pau preto, do artesão
atrás do museu Etnográfico de Nampula, por tema em ordem alfabética. Domingo voltou o carpinteiro para
mais uns acabamentos na madeira, cagou outra vez o chão. Fechei as portas da
estante e as janelas de rede mosquiteira.
segunda-feira, 18 de novembro de 2019
Dois dias depois do aniversário da Princesa!
Já a acabar “Deuses, túmulos e sábios”, um livro
que veio da estante da minha mãe em Queluz, que me lembro muito referenciado
por ela – interessante, recapitulativo, a história rápida da arqueologia e das
grandes civilizações da antiguidade, suméria, babilónia, assíria, egipcia,
asteca, maia. Cheio de detalhes, nomes e aventuras! Falta claro as antigas
civilizações da Índia e da China, também da África (Etiopia, Mali, Gana,
Monomotapa).
domingo, 17 de novembro de 2019
Leituras
Diz
que a sonda já saiu do sistema solar, que os sumérios começaram a escrever há
5.800 anos, que a primeira revolução do sapiens está a acontercer e que o planeta vai desistir da espécie humana. Tudo verdade!?
Começou a chover!
Começou a chover!
quarta-feira, 13 de novembro de 2019
Á espera da chuva!
Amanhã, posso não fazer nada; ou um protocolo de
investigação de 2 milhões de dólares (contracetivos tradicionais a financiar
pela Bill & Melinda Gates Foundation) e um artigo sobre a opinião dos
utilizadores sobre a qualidade dos serviços no SAAJ; ou sobre a qualidade da
consulta de planeamento familiar. O número de revistas que convidam para
publicação é verdadeiramente incrível. As taxas é que são o problema.
terça-feira, 12 de novembro de 2019
Património imobilizado, na Caravela de Granito (E).
Conquistada aos Almorávidas...
Com ocupação militar.
Desde os Fenícios que os Judeus já andavam por aqui.
Resistentes a tudo, Celtiberos mantém verticalidade!
Submetidos, soberecticamente, ao monoteísmo.
Que conservou o verdadeiro arquivo histórico!
Novos horizontes foram abertos.
E a globalização impõe-se.
Símbolos de poder (dinheiro) do passado cativam visitantes.
Porque não teriam sido gastos em saúde e educação?
Românticos fantasiavam sobre a doçura do ser!
Possibilidades!
Depois do “Homo Deus” do judeu agnóstico (o mesmo de “Sapiens, a brief history of mankind”), está bem clara a grande
transformação em curso – sapiens sapiens, tornou-se problemático e quase desnecessário!
Este livro posso considerar neste momento, o mais civilizacionalmente polémico!
A análise crua da evolução místico – religiosa do animal “humano” – do animismo
geral (resistente na África, nos Índios, Aborígenes, Maoris e outros), vencida
pelos teísmos (mono e poli) da revolução agrícola, ultrapassados pelo humanismo
(liberal, socialista e desenvolvimentista) resultante das revoluções científica
e industrial. Desagua na 1ª revolução verdadeira do HSS. Whatch out!
3 dias antes do aniversário da minha filha!
O calor
aumentou, mas ainda consigo dormir sem ventoinha. Cafrealixação em curso.
terça-feira, 29 de outubro de 2019
2019, 7 de agosto!
Em Salto no fim da tarde, quarta-feira, a chover e
fresco, passei o dia sem sair de casa, ver o estado do património móvel e
imóvel, trabalhar um pouco no Comunidade Alerta para um Hospital de Prontidão (também o Centro de Saude) e reunião Skype com as equipas do Canada (Saskatchewan University) e
Moçambique (Faculdade de Ciências de Saúde, UniLúrio).
continuação da lição anterior!
Domingo, leitura “O livro de Cale” no Atlântico enquanto
as panteras andavam às compras na feira semanal de Nampula “City”, jantar cedo
no Chinês, extensão MFC e Médicos de Moçambique, para a Academia respostas para
o teste MIC AJUS, limpeza de correio e acerto de agenda.
julho?
"Mental Health in Mozambique; a systematic review" está já editado na revista, alguns erros de digitação, paguei 150 $US e aguardo
3ª prova! Está nice! Falta sair o “Cólera Napicopo” na RMCS e finalizar
correções à terceira revisão do “Campanha mediática e SSR, Natikiri”. Outros projectos
no ar, mas sem grande vontade de me lançar.
sexta-feira, 11 de outubro de 2019
Todos os sonhos do mundo...
“O instinto de conhecer, se por vezes
incide sobre o que pode ser matéria de ciência – porque de observação exacta,
de cálculo corrigível, de experimentação renovável -, tem que incidir muitas vezes
sobre o que é impossível observar em condições científicas, de reduzir a
qualquer espécie de precisão. Mas o instinto de conhecer não desiste, em seu
ímpeto espiritual. Não podendo conhecer com a inteligência, conhece com o
sentimento, que é a inteligência do desejo. E onde não pode observar, crê; onde
não pode calcular, adivinha; onde não pode pôr à prova, profetiza. Este estado
de alma é o misticismo, que é ter o sentimento nítido de uma coisa que não se
sabe o que é.”
Política e mística, Fragmentos, 4 - O Império
Português, 5b- O Quinto Império, Portugal, Sebastianismo e Quinto Império, Obra
em Prosa de Fernando Pessoa, Fernando Pessoa, Prefácio, introduções, notas e
organização de António Quadros, Livros de Bolso Europa – América 472, Publicações
Europa – América, Mem Martins, 1986.
sábado, 21 de setembro de 2019
Apocalise
“Quando, por isso, o católico Nostradamo
profetiza para o fim do século vinte o «fim das cousas» entendemo-lo como
prevendo para esse tempo, não o acabamento da terra, ou a extinção da matéria universal,
mas tão-somente o fim da religião cristã, ou, pelo menos, da sua forma
católica, se não for apenas o da forma romana do catolicismo.”
Fragmentos, 4- O Quinto Império, 5- O Quinto
Império, Portugal, Sebastianismo e Quinto Império, Obra em Prosa de Fernando
Pessoa, Fernando Pessoa, Prefácio, introduções, notas e organização de António
Quadros, Livros de Bolso Europa – América 472, Publicações Europa – América,
Mem Martins, 1986.
LIBERATION WARS
In southern Africa, the fortress of white power began to crumble. During the 1960s, nationalist movements launched a succession of guerrilla wars to oust the Portuguese from Angola, Mozambique ang Guinea – Bissau, a small west African colony, using neighbouring African territories as bases from which to recruit and train supporters and to gather arms. Guerrilla attacks were confined initially to border areas but steadily spread. The drain of fighting three simultaneous wars sapped Portuguese manpower and morale and led to growing disaffection among the officer corps and army conscripts. In April 1974, the Portuguese militar seized power in Lisbon and promptly opened negotiations to withdraw from Africa. In Guinea – Bissau, negotiations were conducted relatively swiftly. By September 1974, Guinea – Bissau was recognised as an independente republic. But the transition to Independence in both Mozambique and Angola was marked by confusion and chaos.
In Mozambique, the entire
colonial administration fel into disarray. As Portuguese forces withdrew from
the field, Frelimo guerrillas poured into áreas of central Mozambique
unopposed. Frightened by Frelimo’s revolutionary rhetoric and fearing revenge
attacks, hundreds of white settlers in rural areas abandoned their homes and
fled to the coast. A mass exodus of whites was soon underway. In protracted
negotiations with the Portuguese, Frelimo demanded recognition as the “sole
legitimate representative of the Mozambique people” and the unconditional
transfer of power without prior elections. The outcome was that in September
1974 Portugal agreed to hand over power exclusively to Frelimo after a
nine-month transition period. The white exodus gathered pace. By the time that
Mozambique gained its Independence in June 1975, the country had lost not only
most of its administrators and officials, but also managers, technicians,
artisans and shopkeepers. In all some 200.000 whites fled Mozambique,
abandoning farms, factories and homes.
Undaunted by the crippling
loss of skilled manpower, Frelimo’s leader Samora Machel embarked on a
programme of revolutionary action intended to transform Mozambique into a
Marxist – Leninist state. In a series of decrees, Frelimo nationalised
plantations and businesses; introduced central economic planning; and ordered
collective agricultural production. With similar fervour, Machel sought to root
out “traditional” customs and land practices and to eliminat the influence of
chiefs and headmen. The Catholic Church and its adherents were another target.
Frelimo ordered an end to public religious festivals, took over church property
and terminated church involvement in education and marriage. Traditional
religions were also denounced. The consequences were disastrous. Machel’s
policies provoked widespread discontent that eventually helped fuel fifteen
years of civil war.
The transition in Angola was
even more turbulent. Three rival nationalist factions fought among themselves
to gain power, transforming a colonial war into a civil war, causing the flight
of almost the entire white population and drawing the Soviet Union and the United
States into a perilous Cold War confrontation by proxy. What was at stake was
control of Angola’s oilfields and diamond mines.
All three factions relied for Support
from diferente ethnic groups. The home base of Holden Roberto’s FNLA was
Bakongo territory in northern Angola. Agostinho Neto’s MPLA was rooted in
Kimbundu areas around the capital, Luanda. Jonas Savimbi’ Unita movement gained
a following among the Ovimbundu in the central highland districts of Huambo and
Bié. All three factions were weak and disorganised. They made no serious effort
to reach a negotiated settlement but instead looked to foreign sponsors to give
them supremacy.
In the ínterim, the Portuguese
attempted to organize a coalition government to prepare the way for elections
and Independence in November 1975. But shortly after it was set up in January
1975, the coalition collapsed amid heavy fighting in Luanda. Supplied by
weapons from the Soviet Union, the MPLA drove the FNLA and Unita out of Luanda
and gained tentative control of other urban áreas. A mass exodus of 300,000
followed, causing the colapse of government services and the economy. As
Independence day approached, the United States and South Africa threw their weight
behind behind the FNLA and Unita in a concerted effort to prevent the MPLA from
taking power in Luanda. South African forces invaded from South – west Africa,
aiming to link up with the FNLA in an assault on the capital. What saved the
MPLA from defeat was a massive intervention by the Soviet Union and the arrival
of thousands of Cuban troops. An intermitente civil war continued for the next
twenty-seven years.
The colapse of Portugal’s
African empire presented new dangers for the white rulers of Rhodesia. Small
bands of nationalist guerrillas had been infiltrating across the norther border
from basis in Zambia and Mozambique’s Tete province since 1972, but the
government’s counter – insurgency mesures had been largely successful in containing
them. To help shore up Rhodesia’s defenses, South Africa had dispatched large
numbers of combat police to the área, regarding the Zambezi river rather than
the Limpopo as its own frontier line. But the end of the Portugueses rule meant
that Rhodesia’s entire eastern border, some 760 miles long, was now vulnerable
to infiltration by guerrilla groups operating freely from bases in Mozambique.”
Martin Meredith. The fortunes of Africa, a 5,000 year history of
wealth, greed and endeavour. Simon & Schuster, London, 2014.
terça-feira, 9 de julho de 2019
Hemisfério Sul, 3 de Junho?
21:48 – O Cruzeiro do Sul, está quase na vertical. A Ursa Maior, bem
visível, um dedo acima do horizonte a Norte!
15 de Maio de 2019
Na hospedaria “Os Chalés”, cidade de
Lubango (3 milhões de habitantes), província de Huila, Angola.
segunda-feira, 17 de junho de 2019
Liberation wars
In southern Africa, the
fortress of white power began to crumble. During the 1960s, nationalist
movements launched a succession of guerrilla wars to oust the Portuguese from
Angola, Mozambique and Guinea – Bissau, a small west African colony, using
neighbouring African territories as bases from which to recruit and train
supporters and to gather arms. Guerrilla attacks were confined initially to
border areas but steadily spread. The drain of fighting three simultaneous
wars sapped Portuguese manpower and morale and led to growing disaffection
among the officer corps and army conscripts. In April 1974, the Portuguese
militar seized power in Lisbon and promptly opened negotiations to withdraw from
Africa. In Guinea – Bissau, negotiations were conducted relatively swiftly. By
September 1974, Guinea – Bissau was recognised as na independent republic. But
the transition to Independence in both Mozambique and Angola was marked by
confusion and chaos.
In Mozambique, the entire
colonial administration felt into disarray. As Portuguese forces withdrew from
the field, Frelimo guerrillas poured into areas of central Mozambique
unopposed. Frightened by Frelimo’s revolutionary rhetoric and fearing revenge
attacks, hundreds of white settlers in rural areas abandoned their homes and
fled to the coast. A mass exodus of whites was soon underway. In protracted
negotiations with the Portuguese, Frelimo demanded recognition as the “sole
legitimate representative of the Mozambique people” and the uncondinional
transfer of power without prior elections. The outcome was that in September
1974 Portugal agreed to hand over power exclusively to Frelimo after a
nine-month transition period. The white exodus gathered pace. By the time that
Mozambique gained its Independence in June 1975, the country had lost not only
most of its administrators and officials, but also managers, technicians,
artisans and shopkeepers. In all some 200.000 whites fled Mozambique,
abandoning farms, factories and homes.
Undaunted by the crippling
loss of skilled manpower, Frelimo’s leader Samora Machel embarked on a
programme of revolutionary action intended to transform Mozambique into a
Marxist – Leninist state. In a series of decrees, Frelimo nationalised
plantations and businesses; introduced central economic planning; and ordered
collective agricultural production. With similar fervour, Machel sought to root
out “traditional” customs and land practices and to eliminat the influence of
chiefs and headmen. The Catholic Church and its adherents were another target.
Frelimo ordered an end to public religious festivals, took over church property
and terminated church involvement in education and marriage. Traditional
religions were also denounced. The consequences were disastrous. Machel’s
policies provoked widespread discontent that eventually helped fuel fifteen
years of civil war.
The transition in Angola was
even more turbulent. Three rival nationalist factions fought among themselves
to gain power, transforming a colonial war into a civil war, causing the flight
of almost the entire white population and drawing the Soviet Union and the United
States into a perilous Cold War confrontation by proxy. What was at stake was
control of Angola’s oilfields and diamond mines.
All three factions relied for support
from diferente ethnic groups. The home base of Holden Roberto’s FNLA was
Bakongo territory in northern Angola. Agostinho Neto’s MPLA was rooted in
Kimbundu areas around the capital, Luanda. Jonas Savimbi’ Unita movement gained
a following among the Ovimbundu in the central highland districts of Huambo and
Bié. All three factions were weak and disorganised. They made no serious effort
to reach a negotiated settlement but instead looked to foreign sponsors to give
them supremacy.
In
the ínterim, the Portuguese attempted to organize a coalition government to
prepare the way for elections and Independence in November 1975. But shortly
after it was set up in January 1975, the coalition collapsed amid heavy
fighting in Luanda. Supplied by weapons from the Soviet Union, the MPLA drove
the FNLA and Unita out of Luanda and gained tentative control of other urban áreas.
A mass exodus of 300,000 followed, causing the colapse of government services
and the economy. As Independence day approached, the United States and South
Africa threw their weight behind the FNLA and Unita in a concerted
effort to prevent the MPLA from taking power in Luanda. South African forces
invaded from South – west Africa, aiming to link up with the FNLA in an assault
on the capital. What saved the MPLA from defeat was a massive intervention by
the Soviet Union and the arrival of thousands of Cuban troops. An intermitent civil
war continued for the next twenty-seven years.
The
colapse of Portugal’s African empire presented new dangers for the white rulers
of Rhodesia. Small bands of nationalist guerrillas had been infiltrating across
the northern border from basis in Zambia and Mozambique’s Tete province since
1972, but the government’s counter – insurgency mesures had been largely successful
in containing them. To help shore up Rhodesia’s defenses, South Africa had
dispatched large numbers of combat police to the area, regarding the Zambezi
river rather than the Limpopo as its own frontier line. But the end of the
Portugueses rule meant that Rhodesia’s entire eastern border, some 760 miles
long, was now vulnerable to infiltration by guerrilla groups operating freely
from bases in Mozambique.”
Martin Meredith. The fortunes of Africa, a
5,000 year history of wealth, greed and endeavour. Simon & Schuster,
London, 2014.
19 de Abril, 2019
O IDAI continua a ser tema de comunicação
permanente, milhares de pessoas ainda perdidas, prejuízos incalculáveis,
milhões de meticais, dolars e euros.
A entrar também apoios, com dezenas de aviões mensais a trazer
todo o tipo de consumíveis e equipamentos, hospitais de campanha, material
escolar, sei lá! Em todo o país decorre a onda de solidariedade.
2019, Abril dia 11
Ontem falhei a aeróbica, fui comprar um tinteiro para imprimir a
folha de contabilidade do 1º trimestre para o IRPC, comprei o livro de Português
da 11ª para a M mais laranjas e limões.
Tomei café com o F no
Atlântico (que me fez a história negra com uma Inhambane com 2 filhos, 7 anos,
golpada), fui jantar com a O para fazer o ponto da situação, apareceu o Z (Opto.) com outro cromo cheio de aventuras fantasma (a O confirmou a
chulice, renda especulativa, conversa da treta), back home, tudo na boa!
That's Whampula!
sexta-feira, 7 de junho de 2019
TROTE GERÊS, UM MODELO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
TG
1. GÉNESE
Neto de emigrantes no final da primeira guerra mundial, um
estudante de medicina inicia um diagnóstico – plano de saúde participativo na
freguesia de Cabril em 1981. Com o contributo de estudantes das áreas da
educação e cultura e das actividades económicas, nacionais e estrangeiros, editam
em 1983 o plano “Cabril, ensaio para um projecto de desenvolvimento local
integrado”.
O Grupo Cultural Artístico e Desportivo de Cabril, criado em
84, reunindo 30 jovens locais activos em mais de 100 associados, desenvolve
várias actividades: desportivas (campeonatos de futebol inter aldeias e inter
freguesias, corridas de cavalos, provas de natação, jogos tradicionais),
artísticas (atelier de máscaras, exposição itinerante de fotografia, teatro
infantil e juvenil, ateliers de dança) e culturais (biblioteca, exposição de rochas
e minerais, projecção de cinema transmontano, realização de documentários e
filmes audio-visuais, encontro de medicina tradicional), e ainda formação dos
apicultores locais em apicultura móvel e a organização da Primeira Assembleia
dos Povos do Parque Nacional da Penêda-Gerês. Todas estas actividades realizam-se
com os contributos individuais, seja, grande parte de auto-financiamento,
beneficiando da cedencia de instalações (escolas primárias, Juntas de
Freguesia, Centro Paroquial).
O movimento gerado na Freguesia de Cabril e arredores resulta
do contributo de várias pessoas, em espécie e trabalho, ideias e propostas. O
turismo de massas é prejudicial e destroi os ecosistemas. Mas o património
natural do Parque Nacional da Penêda-Gerês e a riqueza cultural da história e
das populações locais são valiosas. Aparece o conceito de ecoturismo, pioneiro
em Portugal: visitantes guiados, informados sobre a capacidade de impacto do
ecosistema, natural e cultural, pequenos grupos.
2. FUNDAÇÃO
Em 1987, um grupo de 11 jovens, uns locais, outros de mais
longe, realizam uma assembeia de fundadores e registam a cooperativa T. G. – Trote
Gerês, cooperativa de ocupação de tempos livres, C. R. L., com sede na aldeia
de Cavalos em Cabril, Conselho de Montalegre, Distrito de Vila Real, na
Província de Tráz-os-Montes, Portugal.
Adquirem-se os primeiros cavalos Garranos (raça autoctone em
vias de extinção) e iniciam-se os percursos guiados a cavalo (garrano) com
alojamento em campismo informal e no habitante. Os primeiros clientes chegam
atravém de uma das maiores agencias de viajens aventura, a francesa Nouvelle
Frontiéres.
3.CONSOLIDAÇÃO
Em 1989, um projecto apresentado ao programa Iniciativas Locais
de Emprego permite a infraestruturação e construção de um Parque Campismo e de
um Centro Hípico, em Outeiro Alto, Eiredo, Cabril e a criação de 4 postos de
trabalho permanentes. Novas atividades são desenvolvidas: alojamento em
campismo, restauração, percursos pedestres, aulas de equitação, produção de
cavalos, produção de adubo.
O processo de cedência de dois terrenos pela Junta de
Freguesia de Cabril e pela Comissão de Compartes é amplamente debatido in loco,
originando a criação de um novo lugar na freguesia, com água, energia elétrica
e saneamento.
Na cooperativa são admitidos novos membros e é aumentado o
Capital Social, adquire-se uma viatura 4X4 e diversos equipamentos para
Equitação, Canoagem, Tiro ao Arco, Cicloturismo de Montanha. Os percursos
guiados diversificam-se em Históricos, Etnográficos e Natureza. Em 1990, a
Trote Gerês ganha um prémio europeu, com o programa transnacional Caminhos de
Santiago, iniciativa de turismo religioso.
Já em 1994, a candidatura a um financiamento da Comissão
Europeia lança o programa Valorização do Garrano para Atividades de Lazer,
construindo um armazém e uma maternidade no Centro Hípico de Outeiro alto,
apoiando a criação de dois centros hípicos em parceiros de Padornelos
(Montalegre, Portugal) e Vilar de Santos (Galiza, Espanha) e lançando uma
campanha promocional dos percursos equestres transnacionais a nível nacional e
internacional.
Resultado direto destas intervenções, o cavalo Garrano do
Gerês passa a espécie protegida, é criada uma associação de criadores, com
direito a um subsídio anual por cabeça (100 euros).
4. EXPANSÃO
Em 1989, com um contrato de aluguer com a Câmara Municipal de
Montalegre, reabilita-se e equipa-se um edifício com 7 quartos na freguesia de
Paradela do Rio, a Pousadinha de Paradela, criando 2 postos de trabalho. Esta
iniciativa abre um novo sector de atividade, o Turismo Rural. Desde logo
organizam-se encontros e exposições com animação cultural diversa, danças e
cantigas ao desafio, provas de produtos locais.
Em 1992, uma candidatura à iniciativa Leader 1 (Ligações
entre ações de desenvolvimento da economia rural) da Comissão Europeia,
permite um investimento significativo com a melhoria notável das infraestruturas
no Parque de Campismo de Outeiro Alto, a aquisição, reabilitação e equipamento
de 2 Casas, de arquitetura tradicional, na aldeia de Sirvozelo, para Turismo
Rural. E ainda o aluguer à empresa Eletricidade de Portugal, de um grupo de 6
moradias (com 2 a 4 quartos) e uma estalagem (15 quartos), que foram
reabilitados e equipados, no novo centro turístico em Vila Nova, freguesia de
Ferral, a Hospedaria Peregrinos.
A cooperativa gere agora 4 centros de Ecoturismo, com 36
trabalhadores, recebendo mais de 5.000 clientes por ano, consumindo produtos
locais em quantidade (feno, milho, mel, meias de lã, vinho) e contratando
mão-de-obra local sempre que disponível.
5.
DIVERSIFICAÇÃO
A economia social, moderna descoberta da humanidade, depois
da acumulação privada e da administração pública, inscreve-se no processo
cooperativo da Trote Gerês. As vantagens da intercooperação consolidam-se na
adesão à UniNorte, União das Cooperativas da Região Norte, com programas de
formação profissional, comercialização e organização de eventos.
No mesmo sentido, a cooperação com a COOPAS (Cooperativa de
Planeamento, Arquitetura e Serviços) tinha conseguido um alto nível de qualidade na
projeção das infraestruturas e um financiamento direto em Títulos de
Investimento Cooperativo (mais tarde reembolsados).
Na Serra do Gerês os lobos ainda matam muito gado, recurso
fundamental da agricultura de subsistência. Mas por outro lado, a qualidade dos
produtos pecuários é alta e exclusivamente biológica. A TG passa a dinamizar e
liderar a associação dos Criadores de Gado do Parque Nacional da Peneda-Gerês.
A adesão à INDE
(Cooperativa de Intercooperação e Desenvolvimento) permite a criação do CECoD
(Centro de Estudos e Conselho para o Desenvolvimento), promotor de diversas
iniciativas de desenvolvimento local e de um boletim informativo mensal (digital
e fotocopia), “Sinais”, com ampla divulgação.
Alargando a rede de parceiros nacionais, a Trote Gerês funda
em 1993 a Animar, associação portuguesa de desenvolvimento local, lançando a
Manifesta, 1ª Manifestação, Festa, Assembleia, Mostra, do desenvolvimento
local.
Em 1994, 2 cooperadas da TG formam e dinamizam um grupo de 6 mulheres
locais, constituindo a empresa privada Modabarr (Moda Barrosã, Lda.): produção
e venda de uma linha de vestuário moderno com matérias primas tradicionais (lã
branca e castanha, linho, estopa e tomentos). Várias camponesas acedem a uma
nova fonte de receita, a região entra num processo de difusão de imagem de
qualidade através de múltiplos desfiles de moda no país e no estrangeiro, a
população local passa a encarar o tradicional como uma vantagem a orgulhar-se.
Nesta época existem já múltiplos parceiros na região focados
no desenvolvimento sustentável: Cooperativas, Associações, Empresas Privadas,
Câmaras Municipais, Juntas de Freguesia, que elegem a TG para liderar a Probarroso,
Associação de Promoção e Desenvolvimento do Barroso. Esta empresa irá realizar
programas de formação profissional, de planeamento territorial, de valorização
económica do património cultural (internacional), de reinserção de emigrantes,
de igualdade de género, de reabilitação urbana.
A sociedade da informação e tecnologia dita agora as regras e
a TG, com um parceiro privado (Latina Europa, Audiovisuais, Lda.), cria a SIM,
Sociedade Imagem Montanha, produção de media: promoção do “ar de Barroso”, a
construção da imagem de marca do ecoturismo da região (montanhas, 6 serras,
Gerês, Cabreira, Barroso, Leiranco, Larouco, Mourela e planalto, Barroso).
O vasto património arquitetónico, em granito, no Barroso,
incluindo a casa tradicional de pátio interior, os castros, as pontes, as eiras
e canastros, as fontes, os moinhos de água, os pisões, os pelourinhos, as
igrejas e capelas, o castelo, aliado à carência de infraestruturas de
acolhimento, levam a TG á criação da VerBarroso,
Sociedade Imobiliária Turística.
Em 1998, a Exposição
Mundial em Lisboa abre uma oportunidade única de divulgação. A TG põe a
funcionar o Barco do Mundo Rural, um varino veleiro típico do Tejo, com
percursos de Alcântara á Expo, animações semanais por região do país, com
provas de produtos locais de qualidade e atividades artísticas referentes,
beneficiando de ampla divulgação na comunicação social. Terminada a Expo, a TG
decide criar um espaço permanente na capital para promover e vender os produtos
e serviços dos territórios rurais. Com parceiros escolhidos é fundada a ProRegiões,
Promoção das Regiões, Lda., que abre a Loja do Mundo Rural em Ourique. Aqui
encontra-se tudo o que há de melhor no país, nas áreas da gastronomia (doces,
queijos, vinhos, ervas), artesanato (cestaria, barro, tapeçaria) e serviços
(ecoturismo, lazer, turismo aventura, arte e cultura).
6.
SUSTENTABILIDADE
Em 2013 o Parque de Campismo em Eiredo está renovado, acesso
regularizado, no centro de um grupo de infraestruturas da freguesia de Cabril:
o Centro Desportivo, a Extensão de Saúde e o Estaleiro de uma empresa de
construção civil. O Centro Hípico reativa-se
com um grupo de jovens locais, criadores de Garranos.
O Turismo Rural, gravemente prejudicado pela crise financeira
internacional, não poupou a TG. Mas as Casas Rurais de Sirvozelo foram
melhoradas e os visitantes continuam a elogiar o quadro exemplar em que nos
situamos.
Em Vilar de Perdizes, o Congresso de Medicina Tradicional do
Barroso, anual, marca a revelação da cultura popular, impenetrável a todas as
tecnologias. Tão forte, que se celebra humoristicamente todas as sextas-feiras
dia 13!
Na área dos produtos
de qualidade locais, o presunto, o salpicão, a chouriça, a Sanguinheira, a
alheira, são excelentes. A TG lançou o desafio e o município protagonizou a
organização da Feira do Fumeiro de Montalegre, anual, com milhares de
visitantes.
A Câmara Municipal de Montalegre teve ainda o privilégio de
implementar o Ecomuseu do Barroso, com apoio ao financiamento de
infraestruturas e serviços.
Existem hoje no Barroso infraestruturas hoteleiras de
qualidade, serviços de ecoturismo especializados, uma gastronomia gostosa, um
público fiel e um enorme potencial de descobridores a alertar!
segunda-feira, 3 de junho de 2019
11 de março 2019
Lembra-me
alguma coisa em 1975, 6 meses antes de bazar de Lisboa. O MFA 5ª Divisão já
era, o grupo de Teatro orbitava entre o Sintrense e Campolide, o élan
revolucionário esgotava-se nos horizontes limitados dos naufragados.
sábado, 25 de maio de 2019
6 de Março de 2019
Março marçagão, tempo de cão! Já não dá para aerobizar, a chuva cai
forte e danada todos os dias ao fim da tarde.
quarta-feira, 8 de maio de 2019
24 horas
23:21, o portátil carregou o SM. Quem
se muda, Deus ajuda! Só tenho pena de não acreditar no apoio, mas no movimento,
acredito. Lá fora está fresco e os batráquios (tem chovido), deambulam e
vocalizam. Houve alguns trovões potentes ao longe; chuviscou pouco pelas 17H; o
céu está bem estrelado. Internet não funciona; limpei algumas fotografias; li
algumas páginas do Mia Couto, Varanda do Frangipani, sempre a aprender. Na
Beira, li rapidamente o livro do Gungunhana (as mulheres) escrito pelo Kossa,
revelador intensamente realista, passei para o “História do Cerco de Lisboa” do
Saramago, estou a acabar e de facto excelente, amanhã, não me resta outra
solução do que dedicar-me á “Saúde Mental”!
Early february 2019
Fiz a minha aeróbica melhorada, a construção da Girl Move está
excelente, os locais queimam os tijolos, o verde cobre tudo, alguns pássaros mais
insetos. O jantar que cozinhei estava maravilha: bife bem temperado,
esparguete com molho melhorado, salada de tomate com cebola e um branco seco
gelado da AS. Não falha nada!
sábado, 4 de maio de 2019
2019 a 6 de fevereiro
Depois do black out do Outlook, falta resolver o livro de endereços,
comprei o 2º carregador para o SM, 200 mt, ontem, hoje já não funciona, está a
carregar no portátil – este! Estive para efectuar manobra de emergência, com
telefone KO. Farto de TIC já era!
Indigo blues, indigo...indigo blues
O X do KL já tinha mergulhado comigo havia muitos anos,
leva-ma um monitor que está a treinar, novo, 20 anos, branco do Zimbabwe.
Estava com um pouco de receio: tinha verificado o equipamento e assistido,
rapidamente, ao vídeo do curso Padi Open Water. Ontem não bebi álcool.
Levantei-me às 6:15, frutas, cereais e café e ás 7:45 estava no K. Ele chegou
com o aluno, verificou equipamento e explicou o circuito, equipámos-mos,
entrámos na água, ele tinha repetido inicialmente as 3 manobras (tirar o
respirador, respirar e voltar a colocar e eliminar a água, perder o respirador
e voltar a apanhá-lo e a colocá-lo, tirar água da máscara) e sinais básicos,
que exercitei já sem pé e passámos para o circuito. A visibilidade estava
baixa, talvez 8 a 10 m, mas o quadro foi sui generis, entre os 12 e os 15 m de
profundidade várias carcaças automóveis, aparentemente colocadas ali há 8 anos,
cheias de peixes e de corais e algas tubulares em formação. Estava perfeitamente
calmo, por vezes com alguma descoordenação na flutuação, que acertava
rapidamente com o ar do colete; depois de 46 minutos saí com 100 bar,
praticamente 1/3 do ar – igual aos dois “buddy”! Estou em forma.
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