14 de Outubro de 2008, Terça-feira
O sol estava escondido pelas nuvens. O pequeno-almoço foi frugal e o Caçador chegou com o pisteiro que deveria viajar até ao Sul – para Maputo, com saudades da família. Saímos às 6 h 30 min de Palma, pela pista vermelha em bom estado, descendo um desnível de placa de arenito, em boa velocidade até Mocimboa da Praia. Paragem obrigatória para Café. A precocidade da saída não permitiu mata-bicho eficaz na Pensão, há que completar. Atestar, imediatamente, o depósito. Desta vez, o ATM não faz falta. Estrada principal, alcatroada, longas rectas, aldeias, vai subindo ligeiramente, até avistar o planalto. Traço amarelo avermelhado delimita no alto o horizonte de escarpa a oeste. A subida acentua-se, a perspectiva altera-se, estamos a chegar a Mueda. Vila com bastante gente, mercado bem abastecido. Íamos à procura dos artesãos do pau-preto; muito difícil, não há placas, a expressão em português é singular; após várias tentativas, um velhote leva-nos até um artesão com uma escultura de multidão humana em torre hiper realista com 2 m de altura; pediu 7.000 Meticais, respondi que não cabia no carro. Fomos com o mesmo senhor a outra palhota, perto da estrada. Na zona do bambu amarelo. Apareceram 2 monstros surrealistas, 2 figuras humanas estilizadas e esbeltas, um homem e uma mulher, 1 busto de guerreiro; aqui fala-se Maconde; curandeiro diz-se Mutela, feiticeiro diz-se Muavi. A vila está animada e o mercado é o lugar mais movimentado. O músico tradicional Maconde na moda é o Chibunga. Compro 2 cassetes de um grupo de artistas locais, que cantam em Maconde e em Português. Voltamos à pista de areia, agora na rota da guerra de libertação e independência. Monumentos aos heróis, vários, muito coloridos e naif, Eduardo Mondlane, a aldeia do primeiro quartel da resistência armada, avenidas de buganvílias roxas, até Muidumbe. Á direita, para Sul, o alcatrão está razoável, até Chai – local onde foi dado o 1º tiro da Guerra de Independência. Compramos uma capulana diferente. Seguimos ligeiros para Macomia: paragem no bar do português, 1 sumo, 1 sandes, 1 café, comprar água fresca e vamos embora. Em Muaguide re entramos no Parque Nacional das Quirimbas, em Sunate deixamos o nosso amigo pisteiro que continuará para Nampula, viramos à esquerda para o litoral e chegamos a Pemba com 750 km. Marco logo 2 mergulhos no C.I. Divers para amanhã.
terça-feira, 4 de novembro de 2008
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