11 de Outubro de 2008, Sábado
Saímos pelas 7 h da Pensão em Palma, na entrada á esquerda da Igreja, em pista regular, bastantes curvas e areia, direcção noroeste, para a Tanzânia. Não se vêem mais palhotas, não se vê uma única bicicleta, não há mais pessoas. Após 50 km no Land Cruiser modificado, começamos a avistar vários lagos, em pequenas planícies de erva alta e verde, mais em baixo; viramos para Este e mais a norte avistamos um traço de areia amarela, assinalando o limite fronteiriço, mais à frente já visível, o Rio Rovuma, bem azul. As áreas de floresta são aqui mais densas, contrastando com zonas planas de erva verde salpicada de grandes pássaros brancos; o caçador pede ao pisteiro e prepara a arma; circulamos na crista do planalto sobre a planície dos lagos, paramos e observamos o horizonte com os binóculos: ao longe, o rio e o areal marcam a fronteira da Tanzânia; á direita, o Índico muito azul. Mais à frente descemos ao vale, deparamos com outro lago, subitamente avistamos um elefante, negro, enorme, calmamente a abanar a tromba junto á água, do outro lado do lago; um grupo de 5 adultos e 2 crianças estava sentado perto da pista, á sombra, a observar o animal e à nossa passagem gritam “elefante, elefante!” apontando para o bicho; contornamos o vale, passamos o ribeiro para o outro lado e paramos o carro. Silenciosamente descemos o monte a pé até ao lago, viramos à direita ao encontro do maior mamífero em terra. Paramos a cerca de 50 m, escondidos pelo mato, na retaguarda do paquiderme: imponente, abala de vez em quando as orelhas; como o vento vem do mar não consegue cheirar-nos; tiramos algumas fotografias; pouco a pouco o animal vai se virando, talvez por ter ouvido algum som estranho, deparando com o nosso pequeno grupo (5). Elefante solitário, velho, com presas de 1 m 20 cm, impõe logo todo o respeito. O caçador recomenda uma retirada discreta e rapidamente tranquila para o mato e para o monte. Subimos ao carro em silêncio; esperamos o tempo suficiente para que o animal, ao sair do lago, possa atravessar a pista sem nos encontrar. Mais à frente na borda da pista o caçador ensina a reconhecer um arbusto local, o Gonozororo, de casca parecida com o sobreiro da cortiça, que tem uma raiz com propriedades estimulantes sexuais, para os homens. O pisteiro recolhe algumas raízes após desenterra-las com a catana. Andamos mais um pouco e a carabina é desarmada. Chegamos logo a seguir a Mwambo, o posto de fronteira; algumas palhotas, 2 casas de alvenaria, 3 carrinhas, algum povo. Seguimos para Sul até Quionga, pequena aldeia toda em palhotas e com muita gente, ainda longe do mar. Aproximando-nos da costa chegamos a Palma. Descemos a Palma Praia e tentamos negociar um dhow para a ilha. Proposta pouco convincente, giramos pela praia, reparamos nos pássaros pousados em linha em cima dos postes do antigo cais, castanhos-escuros, brilhantes, de bico negro rectangular, um banho; a maré está vazia e é necessário andar mais de 500 m para ter água pela cintura. 3 Velas recortam-se na baia, os dhows estão a entrar. As palmeiras verdes em cima da linha branca de areia do cabo a sul, separam o azul-turquesa da água do azul vivo do céu.
Saímos pelas 7 h da Pensão em Palma, na entrada á esquerda da Igreja, em pista regular, bastantes curvas e areia, direcção noroeste, para a Tanzânia. Não se vêem mais palhotas, não se vê uma única bicicleta, não há mais pessoas. Após 50 km no Land Cruiser modificado, começamos a avistar vários lagos, em pequenas planícies de erva alta e verde, mais em baixo; viramos para Este e mais a norte avistamos um traço de areia amarela, assinalando o limite fronteiriço, mais à frente já visível, o Rio Rovuma, bem azul. As áreas de floresta são aqui mais densas, contrastando com zonas planas de erva verde salpicada de grandes pássaros brancos; o caçador pede ao pisteiro e prepara a arma; circulamos na crista do planalto sobre a planície dos lagos, paramos e observamos o horizonte com os binóculos: ao longe, o rio e o areal marcam a fronteira da Tanzânia; á direita, o Índico muito azul. Mais à frente descemos ao vale, deparamos com outro lago, subitamente avistamos um elefante, negro, enorme, calmamente a abanar a tromba junto á água, do outro lado do lago; um grupo de 5 adultos e 2 crianças estava sentado perto da pista, á sombra, a observar o animal e à nossa passagem gritam “elefante, elefante!” apontando para o bicho; contornamos o vale, passamos o ribeiro para o outro lado e paramos o carro. Silenciosamente descemos o monte a pé até ao lago, viramos à direita ao encontro do maior mamífero em terra. Paramos a cerca de 50 m, escondidos pelo mato, na retaguarda do paquiderme: imponente, abala de vez em quando as orelhas; como o vento vem do mar não consegue cheirar-nos; tiramos algumas fotografias; pouco a pouco o animal vai se virando, talvez por ter ouvido algum som estranho, deparando com o nosso pequeno grupo (5). Elefante solitário, velho, com presas de 1 m 20 cm, impõe logo todo o respeito. O caçador recomenda uma retirada discreta e rapidamente tranquila para o mato e para o monte. Subimos ao carro em silêncio; esperamos o tempo suficiente para que o animal, ao sair do lago, possa atravessar a pista sem nos encontrar. Mais à frente na borda da pista o caçador ensina a reconhecer um arbusto local, o Gonozororo, de casca parecida com o sobreiro da cortiça, que tem uma raiz com propriedades estimulantes sexuais, para os homens. O pisteiro recolhe algumas raízes após desenterra-las com a catana. Andamos mais um pouco e a carabina é desarmada. Chegamos logo a seguir a Mwambo, o posto de fronteira; algumas palhotas, 2 casas de alvenaria, 3 carrinhas, algum povo. Seguimos para Sul até Quionga, pequena aldeia toda em palhotas e com muita gente, ainda longe do mar. Aproximando-nos da costa chegamos a Palma. Descemos a Palma Praia e tentamos negociar um dhow para a ilha. Proposta pouco convincente, giramos pela praia, reparamos nos pássaros pousados em linha em cima dos postes do antigo cais, castanhos-escuros, brilhantes, de bico negro rectangular, um banho; a maré está vazia e é necessário andar mais de 500 m para ter água pela cintura. 3 Velas recortam-se na baia, os dhows estão a entrar. As palmeiras verdes em cima da linha branca de areia do cabo a sul, separam o azul-turquesa da água do azul vivo do céu.
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