“A
maior parte dos países africanos sofreram de forma gravosa nas mãos dos seus
Grandes Homens e as suas elites reinantes. A sua preocupação acima de todas as
coisas, tem sido segurar o poder para se enriquecerem. O sistema patrimonial
que utilizam para se sustentar no poder sugou enormes quantias dos recursos dos
estados. Adquiriram ainda outras riquezas actuando como “porteiros” para as
empresas estrangeiras. Muita desta riqueza adquirida foi mal gasta em vidas de
luxo e desviada para o estrangeiro em contas bancárias e investimentos. O Banco
Mundial estima que 40 % da riqueza privada africana se encontra em paraísos
fiscais. A sua cobiça pela riqueza disseminou uma cultura de corrupção que
penetrou todos os níveis da sociedade. Um relatório da União Africana em 2002
estimava que a corrupção custava anualmente à África 148 biliões de dólars americanos – mais de um quarto do produto interno bruto do continente.
Resultados de uma investigação publicada em 2010 estimavam que pelo menos 850
biliões $EUA tinham sido desviados de África desde 1970.”
Martin
Meredith. Black Gold. The State of Africa. Simons & Schuster. London. 2011.
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