A Poente...

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Na Baía de Nacala!

Alfacinha

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Luso calaico

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domingo, 29 de junho de 2008

Zalala

Tons de verde variados distribuem-se pela veiga entre dunas, ainda com alguns dourados de arroz. O sol realça os brilhos e o vento do mar refresca-nos corpo e espírito. No céu azul passam calmamente as cegonhas pretas e as crianças brincam sem pressa. A floresta de casuarinas reflecte, propaga e abafa os sons, o do mar o mais forte. A praia lisa e muito extensa, define-se na rebentação do Índico, maré baixa ao longe. No horizonte, 9 velas assinalam a actividade principal.

domingo, 22 de junho de 2008

Ilha Miragem

Saímos ontem á procura de uma ilha que não existia. Em Musseliua, o armador muçulmano recolocou-nos da realidade e decidimos sair de Macuze de canoa para visitar Idugo, comunidade de 2.000 pessoas com 4 curandeiros habitando uma ilha fluvial onde se pesca, cultiva arroz e ...
Em Maroda, já mais perto de Mbaua, o palmar brilha organizado. Na linha de horizonte surge a este o mar, soprado e sonoro. Sente-se o calor do fim do Inverno e o mar transforma-se no estuário do rio Licungo, definido a negro e branco. A súbida das águas do mar nos últimos 50 anos revela-se no cemitério de coqueiros na praia, pista de obstaculos, fotografia de livro de geografia climatica. O chefe interpela-nos no mercado, são 7.800 habitantes e terá cerca de 20 médicos tradicionais. Os homens das canoas, cantam canções de amor e dizem que há muitos mais "mukwiris" que "ngangas".

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Monumento

No Sábado subimos a Zambézia na vertical, dia explendido, 350 Km até Gurué. Domingo, depois dos abastecimentos básicos no mercado, fizemos-nos à serra: passámos as plantações de chá, subimos 500 m e deixamos o carro à guarda de um particular em Mouresse. O sol esquentava e a subida íngreme até ao primeiro colo desafiava a falta de treino. Belo planalto, 1.500 m de altitude, ligeiramente inclinado para leste, rodeado de pequenos grupos de palhotas, abre-se em avenida de eucaliptos. Chegando a uma pequena elevação deparamos a Norte com o Namuli, monolito liso e impressionante, rasgando os raios solares, imponente e desafiador. Abandonamos o caminho principal em Murabo e tomamos o atalho mais curto. Cruzamos um mercado, cheio de gente bem animada, música e aguardente de cana. No termo do planalto, tiramos sapatos e roupa para atravessar o Rio Malema, que passa calmo e gelado. Retomamos o caminho principal e revisitamos a avenida de eucaliptos. Quando chegamos à aldeia da rainha, Mogunha, 2.000 m, decorria a festa e o povo acorreu para ver os recém chegados. Acompanhada de vários homens, a Rainha conduz-nos à sua residência, onde ficaríamos instalados para a noite. Descansamos então após seis horas e meia de marcha moderada, iniciando as negociações sobre a cerimónia a realizar, logo de manhã cedo, para permitir a subida ao Monte Namuli. O céu bem estrelado, via láctea imensa, ursa maior e cruzeiro do sul, com a lua em quarto minguante, é rapidamente invadido do sul por nuvens espessas. Na casa de tijolo não cozido e cobertura de capim, o lume central garante calor e lágrimas. Lá fora o vento manifesta-se.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Espírito da terra

O espírito da tera é um bom conselheiro, ajudando o homem na sua sobrevivência e desenvolvimento. Quando se sente incapaz, alia-se ao espírito do ar, da água ou do fogo para se tornar mais determinante. Mantém-se o principal.