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terça-feira, 8 de junho de 2021

Que história?

 


No caminho para Nacala, parámos na placa das pinturas rupestres de Nakuahu, na comunidade de Nassuruma, distrito de Meconta. 



A cerca de 1 km da estrada nacional, está o inselberg não muito alto, um pouco mais largo no sentido E-O. Arranjámos como guia um passante que conhecia o local das pinturas e o jovem disponibilizou-se para nos guiar. O J ficou a guardar o carro. 



Andámos rápido a pé, meio mato meia floresta, o caminho foi arranjado e dá para passar de carro. Perto da entrada para a subida, construíram um pequeno alpendre, mas caiu uma árvore enorme e destruiu parte do telhado e parede. 



A gruta em pala fica situada do extremo oeste do inselberg, virada a Norte. O espaço a meia altura é muito facilmente defensável de feras e inimigos. Um espaço abrigado bastante grande (não tanto com o de Murrupula, maior do que os de Iapala ou Mecuburi), mas com um estilo pictográfico completamente diferente de todos os outros, sobretudo em branco e um pouco em vermelho. 





Alguns vestígios de cerimónias tradicionais religiosas (pratos, tecidos de cores pendurados nos ramos ou nas pedras). 



Começou a chover, com um calor tórrido, tudo brilha, abrigámos-mos um pouco na cabana arruinada. Chuva parou, regressámos rápido, demos 100 Mt ao guia e retomámos em direção a Nacala.

sexta-feira, 4 de junho de 2021

Antes era a pré-história. E agora?

 


“As civilizações do Paleolítico”, de Francis Hours (publicações Europa-América, 2002), é um resumo abordável da pré-história, iniciada há 2.300.000 anos, quando se detetam sinais de animais parecidos com o homem, os hominídeos, nomeadamente os Austrolopithecus, que fabricam instrumentos de pedra (com muitas variações anatómicas), em África (do Sul e do Este, no Sul da Etiópia): chama-se o Paleolítico Arcaico (até – 1.400.000 anos). No Paleolítico Inferior, de 1.300.000 – 100.000 aC aparece o “Homo Erectus” e o biface; cerca de 600.00 aC deteta-se o uso do fogo. Depois vem o Paleolítico Médio (100.000 – 35.000 aC), no último período inter-glaciar, com especialização dos utensílios, raspadeiras, pontas, denticulados, pela nova espécie chamada Homo sapiens neanderthalensis, que já se preocupa com os mortos (sepulcros) e o “chamado” culto dos ursos. O Paleolítico Superior, de 35.000 – 10.000 aC, traz o período frio de Wurm III e IV, que terminará cerca de 8.000 aC, passando para o Holoceno quando se instala o clima que hoje conhecemos. O homem de aparência moderna chama-se agora Homo sapiens sapiens: tem preocupações artísticas, vive em aglomerados com cabanas circulares, com a morte (sepulturas) e com a reprodução (estátuas de mulheres grávidas). Existiam também, diferentes, os Cro-Magnon. Fabricavam-se instrumentos de osso e madeira, agulhas, estatuetas ou gravuras em placas, desenhos nas paredes das grutas (as pinturas rupestres). 



A história (escrita) pode ter começado no Holoceno há 5.500 anos. 



Há 70 anos, entrámos no Antropoceno!!!