Adesão ao TARV em Nampula: uma investigação de implementação.

Artigo publica do na Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, Dezembro 2018.

Em Mossuril, um Distrito na costa de Nampula, de frente à Ilha de Moçambique.

Hortas comunitárias para melhorar a alimentação dos pacientes em TARV.

Entrevista com profissionais de saúde revela bons resultados em termos de adesão terapêutica!

Ritos de iniciação.

Segundo JC, o “Ohano” (excelência, Régulo) é a autoridade suprema para o “Aluco”, o ritual de iniciação dos rapazes, apoiado pelo “Empewe”, segunda autoridade. O “Mvere” é o local onde se realiza o ritual, que depois será queimado. São os “Malacacano” e “Namalaca” os conselheiros que dispensam a educação aos rapazes. Cada rapaz tem um “Namuco” (padrinho). “Olaca Mwali” designa o acontecimento para as raparigas.

Peço desculpa aos Macua pelos erros ortográficos de Emackua!

Circuncisão?

Ontem e hoje, conferência sobre os “Rituais de iniciação: que impactos culturais e económicos?”. Não me convém intrometer em um assunto que não me diz respeito (sabendo que o despoletar do acontecimento decorre das grávidas que não vão à consulta pré natal com receio da feitiçaria, que deu no comunidade alerta onde se percebe que os rituais provocam gravidez adolescente). Mas, perguntar faz sempre bem. Quando observei as cerimónias dos religiosos judeus, pareceu-me descobrir muitas semelhanças com a religião africana (animista). Para os judeus, a circuncisão dos rapazes é obrigatória, aos 8 dias, para assinar o pacto com o Deus; escreveram isso na Tora há 2.500 anos. Como, quando, onde se inicia a prática da circuncisão?

“Os Egípcios e os Etíopes foram os únicos povos de toda a humanidade, a praticar a circuncisão desde tempos imemoriais”.

“Segundo Heródoto, a circuncisão é de origem africana, praticada 4.000 anos antes de Cristo pelos Egípcios”.

“Os Cuxitas (de origem Banto) incorporam a circuncisão nos ritos de iniciação dos rapazes”.

Gamal Mokhtar. História Geral da África II, África Antiga. UNESCO.

Diáriamente...

Iniciei às 8:30 a imprimir e fotocopiar 46 exames do CM SC X, dei uma volta no correio e. e dei cartas na reunião dos parceiros locais do CAHP para acompanhamento. O F disponibilizou-se para ir aplicar o exame, eu não tinha carro, maravilha. Seguiu-se o almoço para os participantes do encontro. Logo depois um simpósio com o J e a J, em minha casa a tomar café, sobre HGM e política, Moçambique, partidos e SIS, formação dos professores da ES e métodos interativos. Saíram para outras atividades e eu fiz (adaptei) uma apresentação power-point resumo do projeto para sexta-feira, revi e reeditei os conteúdos da formação dos professores (Sexta e Sábado) e a ficha de atividade da reunião de hoje, que enviei aos colegas. Passei para a hora aero zen, encontrei S e C a meio, C e A a ¾, sempre a andar. A caça às mangas verdes decorre, 2 rapazes ali, 3 raparigas “muçulmanas” acolá. Os seguranças cumprimentam-me todos. As rajadas de vento fresco são a delícia do crepúsculo. Acabo com mais uns passos de arrefecimento e uns exercícios de ginástica, última aquisição no livro dos cuidados de saúde primários em medicina. Vou lendo, mas tenho que reabastecer.

Cuidados terminais?

www.medicinapaliativa.pt

Rotina antes da chuva.

Saiu já a publicação em Francês no SAJPHC&FM sobre os PTS, a RPMGF ainda não publicada, publicitou o artigo de investigação operacional TARV, os Brasileiros (RBMT, Lepra, Murrupula) estão a demorar e a RMCS enviou comentários, Cólera em Namicopo foi revisto, tivemos hoje reunião Skype para últimos detalhes. O artigo da Adesão ao Tratamento de TB está ainda muito “cru”: a rever. Hoje apliquei o teste 3 aos 46 estudantes do CM, 5º ano, X semestre, SC, avaliei, vão todos a exame, não há não admitidos nem dispensados!

Cuidados paliativos?

Podemos discutir aqui:

www.medicinapaliativa.pt

Saber é poder? Quem pode alimentar-se?

3º Congresso Nacional de Nutrição e Segurança Alimentar.

Feira de produtos locais de qualidade única!

A transformação ecológica do óleo de coco.

A segurança alimentar está longe de ser adquirida.

O Brasil fez um progresso significativo na melhoria da alimentação da sua população. Vai conseguir manter?

Autópsias?

"Teatro Anatómico"

Ministro da ESCT inaugura.

Os funcionários e convidados estão curiosos!

Conhecem? Aqui, trabalha-se!

Late November!

No Campus, a terra vai sendo pouco a pouco trabalhada, a população das redondezas vem iniciar as suas machambas, a chuva está a começar, tem chuviscos, uma noite cerrada. As mangueiras, algumas, já tem muitas mangas verdes. Os cajueiros mostram frutos: a castanha logo de início forte, verde, forma determinada; a base da flor ainda esguia, faichas estreitas brancas por baixo das pétalas verdes; mas alguns já com frutos amarelos, 3 a 4 cm; outros, antes de cair no chão, vermelhos e amarelos, globulosos e doces! A castanha, permanece igual!

Procura-se!

Bibliografia, referencias acessíveis, sobre a iniciação dos donos das caravelas portuguesas do século XV, ao tráfico de escravos.

Todos os dias são especiais: hoje!

Tradição e inovação.

 Tradição em obra.

Cozer tijolos.

Participação da comunidade local na gestão do sistema de saúde público.

Comité de Cogestão do Hospital Geral de Marrere.

Os membros são parteiras tradicionais, líderes tradicionais, profissionais do Hospital.

A equipa da Universidade de Saskatchewan do Canadá esteve presente.

Praticantes tradicionais de saúde em Moçambique.

Do outro lado da fratura digital!

Contributions des tradipraticiens de santé au traitement antirétroviral: Étude de cas à Nampula, Mozambique.

1482

"Gil Eanes, o Senhor do Congo", 

Peter Forbath, Bertrand Editora, Lisboa, 2002.

MozMit 1

Mitos Moçambicanos 1:

se matares o escorpião depois de te picar, vai doer menos / vai fazer menos mal.

Medicina Familiar.

Encontro de coordenação do Programa de MFC, Maputo.

as Faculdades de Medicina vão harmonizar os Curricula sobre os conteúdos de MFC.

o Centro de Investigação e Treino em Saúde do INS presta-se a colaborar.

O Presidente do Colégio de MFC discute o Regulamento das Residências Médicas em Moçambique.

Trabalhos terminados, vamos para casa que os dias foram longos…

Back home!

Frase idiomática

“Não te vou mentir”, “Não posso mentir-te”

Expressão idiomática moçambicana. 

Uma frase escutada em muitas conversas, de todo o tipo de intervenientes e dos mais diversos assuntos. 

Dialeticamente (numa perspetiva taoista) podemos ilustrar dois significados: 

1) a consciência da presença constante da mentira (fofoquice, primeira revolução do S. sapiens) na comunicação interpessoal; 

2) o valor, recôndito, da verdade como valor de bem absoluto!

Cosmogonia!

Marte parece ativar-se, Vénus permanece, a ver os restantes intervenientes.

1 Agosto 2018

Logo depois do pôr do Sol, noite de Lua nova, surgem primeiro Vénus a Noroeste – Oeste e Marte a Sudeste – Este. Pouco a pouco os milhares de estrelas vão aparecendo, a constelação do Cruzeiro do Sul e Orion, por fim a longa espiral nebulosa da Via Láctea, orientada conforme os planetas!

1570, 10 de junho

Dia de Portugal, no passado Domingo 10 de junho celebraram-se 448 anos da data em que morreu Luís de Camões.  (em que circunstâncias?) 

Generalizamos porque...

Generalização é um processo psicológico de incorporação do grau de incerteza: a revolução científica de há 500 anos transformando a realidade numa equação matemática, inventa a estatística como uma forma de ultrapassar as limitações na capacidade de conhecimento do homem. 

Assim, dizer que o tipo africano da raça humana, é reconhecido como Banto, é uma generalização; outros tipos existem naturais do continente e antes de este se chamar África.

Net surfing...

Depois de alguns dias de interdição no face por “vírus” (estava a receber na minha página publicações de vídeos de um “amigo”, importei descuidadamente um app para ver o vídeo, um da velha guarda enviou mensagem a dizer que estavam a sair comunicações para todos os meus amigos com vírus!).

Voltei a navegar, claro, colocando algumas fotos!

Step by step!

Going on...

Não está muito calor.

A pequena continua a resistir.

O pomar vai crescendo.

Esta terra preta, indispensável aqui no topo da duna, para a pequena floresta!

Metodologia de investigação em ciências de saúde!

Sala cheia:

Todos os dias, os grupos de trabalho interdisciplinar discutem o protocolo.

Os docentes vão apoiando a discussão.

A estrela da semana, o maior investigador Moçambicano!

O trabalho continua na próxima semana!

Cuidados paliativos em Moçambique.

http://medcraveonline.com/HPMIJ/volume_issues?issueId=2174&volumeId=522

Participação das comunidades locais.

Na gestão dos serviços de saúde.

Em cuidados primários,

e secundários.

Comité de Co-gestão do Hospital Geral de Marrere, Posto Administrativo de Natikiri, Município e distrito de Nampula.

Explêndido ambiente sonoro!

Para quem se lembra...

Mas, a imagem que podem aproximar...

O ambiente sonoro é da África Ocidental!

Saúde da criança nos CSP para o Médico de Família.

O que precisa saber o MF para atender o maior grupo populacional em Moçambique?

O exame avalia o conhecimento adquirido.

E também a atitude relacionada ao saber fazer, a implementação na prática.

E este é o grupo, quase completo, dos 46 Estudantes do 5º ano do Curso de Medicina, IX Semestre na Cadeira de Saúde da Comunidade!

Training!

Quando as pernas são maiores do que o corpo, quando os passos são maiores do que as pernas, a aeróbica insiste em predominar a zen, sem o conseguir, mas a velocidade aumenta.

Alterações climáticas!

Ontem a hora aerozen foi interrompida por uma chuvada boa e prolongada. Hoje saí às 16:30, sol fresco, tirei umas fotos. Cada dia como se fosse o último da tua vida!

Que maio?

Saí com Z no Toyota às 4:30. O carro estava estranho, pesado, a gastar muito gasóleo; parecia 4x4 altas; era obrigatório ter reagido; parei para mijar, continuei, aéreo; como classificar este tipo de estupidez? já perto de Namialo, cheiro a queimado, fumo, parei. Estava a deitar óleo, mas não se via aonde. Deixámos arrefecer e arrancamos lentamente mantendo velocidade moderada. Paramos em Namialo, Z arranja um mecânico, vem reparar ali mesmo na estrada, junto ao cruzamento para Pemba. Tirou a proteção do carter, o óleo estava a sair da junta do veio de transmissão para a caixa 4x4. Abriram, uma junta estava destruída, foi comprar no Nigeriano mais óleo de caixa; montou, experimentou, não pingava.

Arrancamos para Pemba, ao chegar a Nacaroa, fumo outra vez, muito. Parei, abro o capot, fogo em baixo do motor; extintor não funciona; Z chama os populares, pede areia que lançam no motor. O fogo acaba por se extinguir. Dou à chave, está a trabalhar; negociações com o ZM para ver se nos vem rebocar, não tem carro, o Nissam ainda não está pronto. Aparece um mecânico, tira proteção do carter, diz que o 4x4 deve ter gripado, basta desligar o veio de transmissão e continuar em 2 rodas. Assim fazemos, lavamos o motor para tirar toda a areia, acabamos a lavagem na bomba de gasolina. O carro está a funcionar, o M confirma que devemos poder andar. 

Saímos de Nacaroa em direção a Cabo Delgado e após 10 km reverificamos – está a pingar um pouco. Regressamos a Nacaroa; mecânico aparece, diz que tem um eixo para montar num camião, 30 minutos, depois irá acompanhar-nos até Chiure (200 Mt para o regresso de "chapa"). Passou uma hora, passeei na Avenida principal da Vila, fui até à Nacional; o mecânico chegou e diz que deve quebrar o jejum, é Muçulmano, poderemos ir sozinhos, o carro vai aguentar. Telefonamos ao M para ver a opinião, diz que pode ser. Avançamos com calma, devagar, atravessar o Lúrio, estrada péssima até Chiure, onde chegamos às 22h. Diretamente para a conhecida Pensão Lucol. Restaurante fechado mas há quarto, rusqueiro. Saída para ir comer no Somaliano na estrada principal, banho quente e sono descansado na rede mosquiteira.