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segunda-feira, 31 de março de 2008

Pista brava

De manhã antes do nascer do sol, o capim escorre água e as pegadas muito frescas na areia mostram a passagem de Cudos, Pivas, Urupis, Changos e também do Gato bravo. Os bandos de macacos deixaram marcas fortes em áreas limitadas e os cogumelos, brancos, amarelos, vermelhos, castanhos surgem por toda a parte. Os pássaros tem cantos intrigantes e os perus selvagens fogem espavoridos. Aranhas grandes e coloridas estendem redes armadilhas no trilho.
De regresso à pista os obstaculos aumentam. Troncos enormes atravessam-se impedindo qualquer tentativa de passagem, somos obrigados a contornar embrenhados na floresta. Nesta época de chuvas, lamaçais escondidos no mato ameaçam qualquer tracção. Rios caudalosos, com pontes de troncos mal seguros, desafiam o equilibrio e a perícia; ravinas escavadas obrigam a manobras impensaveis; areias soltas e profundas provocam desafios de velocidade; a mecãnica é posta à prova; os jogos de luz baralham a vista; a atenção é levada ao rubro.
No Posto de Fiscalização de Lisse, na periferia do terreiro bem limpo, o único fiscal da reserva ainda residente, preparou na cerimónia um cone perfeito de farinha bem branca de mandioca, para afastar os maus espíritos, as cobras, os leões e os leopardos. Os hipopotamos tem destruido algumas machambas de arroz, milho e amendoin da população da comunidade envolvente do outro lado do rio. Os leões rugiram de manhã cedo hà dois dias.
A festa anunciou-se pelo grupo de mulheres a cantar. Na noite escura de céu muitíssimo estrelado, o prato de lata no topo do pote esférico de barro, cadenciadamente batido e variado, marca o ritmo da terra. O coro polifonico repetido e prolongado, atinge tons inesperados, surpeendentes, maravilhosos. As palavras traduzem-se em erotismo e destino, multiplicação e celebração. O monte Gilé perfila-se no azul universal.

domingo, 9 de março de 2008

Estaleiro de Democracia

DEMOCRACIA EM CONSTRUÇÃO

MOÇAMBIQUE

O processo de construção do sistema democrático em Moçambique encontra-se em fase de aceleração. Após o censo populacional de 2007 decorre actualmente o recenseamento eleitoral e em breve, pela primeira vez, as eleições Provinciais.
Os direitos e os deveres dos cidadãos vão sendo a pouco e pouco divulgados nas áreas mais periféricas e aparecem iniciativas sociais organizadas.
Na Organização Cooperativa dos Países de Língua Oficial Portuguesa destaca-se o grupo de empresas cooperativas de Moçambique, que representa um volume de negócios e de emprego muito significativo, mas ainda muito aquém do seu potencial de crescimento económico. Este seria um domínio a privilegiar em termos de cooperação para o desenvolvimento com Portugal.
Existe já actualmente um número considerável de organizações da sociedade civil nas mais variadas áreas de actividade. No entanto, uma grande maioria, não foi ainda legalmente constituída e não dispõe dos recursos necessários à devida realização dos seus objectivos. Torna-se necessário um esforço suplementar na desburocratização e diminuição de custos do processo de registo e uma capacitação prática dos membros dos corpos sociais em temas como diagnóstico de problemas, elaboração de projectos, preparação de candidaturas a programas de financiamento, articulação de parcerias, avaliação, gestão económica. A implementação dos comités de gestão de áreas comunitárias na Zambézia mostra já exemplos de sucesso, onde carvoeiros tradicionais evoluíram em modernos fruticultores. Como se pode ver aqui, o trabalho de animação de iniciativas nas bases produtivas da população moçambicana em meio rural, deve ser feito com parceiros locais experientes e comprometidos com o desenvolvimento das comunidades de base (neste caso, a Radeza, rede das associações ambientais e de desenvolvimento comunitário sustentável da Zambézia). Os conselhos comunitários de saúde, os núcleos multisectoriais para a protecção de órfãos e crianças vulneráveis e muitos mais, representam fóruns maioritariamente de iniciativa pública onde cooperativas, associações e representantes da sociedade civil ocupam posição destacada. Com uma organização suficiente apesar dos escassos recursos, a participação é elevada. As mulheres constituem a maioria das organizações de base, mas o seu protagonismo vai diminuindo à medida que se sobe na pirâmide; no entanto, é de salientar que Moçambique é um dos países com melhor proporção de mulheres na Assembleia Nacional. As vontades de aprender, agir e melhorar dominam. Falta muitas vezes a capacidade de execução prática, determinada por condicionantes internas e externas ao grupo, predominando a inexistência de financiamento. E educação para a cidadania passará forçosamente pela capacitação institucional da sociedade civil.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Help

We need somebody's...!
Conhecidas palavras de velha musica,
já nem me lembra os artistas !
Mas acontece. Todos os dias. Em milhares de vidas reais.
As mudanças acontecem rápidamente, más e boas. Façamos difundir a consciencia dos direitos e a informação indispensável, apoiemos a educação para a vida e a inteligencia prática, cultivemos a nossa realização eficiente, a aprendizagem da diferença e a dialectica do desenvolvimento. A raça precisa de apoio.

sábado, 1 de março de 2008

Boa vontade

Boa vontade, sinceridade e respeito, são as qualidades que o treinador Caboverdiano considera necessárias para o sucesso dos desportistas das 10 ilhas. Simples, directo e eficaz este povo exemplar da raça. Fazer é melhor maneira de dizer.