A Poente...

A Poente...
Na Baía de Nacala!

Alfacinha

Alfacinha
encontra Mapebanes

Luso calaico

Luso calaico
visita Etxwabo

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Pensamento livre

Radio Lusófona com notícias do mundo, muitas africanas, Brasil, Europa, FM 101.9. Cimeira do Clima em Durban, ao mesmo tempo que a população mundial ultrapassou os 7 biliões e o clima aquece. Guebuza chega amanhã a Nampula. Crise na Bélgica, depois de mais de um ano sem Governo. Seis países ricos da UE foram ameaçados de ver o seu índice de raking financeiro descer. Os políticos europeus sofrem todos do mesmo, luxo. Portugal está em “falência técnica” há 4 trimestres, PIB a decrescer – recessão geneuína. Calou-se (a radio) e passei para o 103,6 RFM – música ligeira brasileira romântica. Monte Mabu? Monte Namuli? Quimba? Ilha? Memba? We shal see!

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Clean up

23h 15min, encontrei o CD de limpeza e efectuo a operação. Aqui estou a transpirar, de fora vem fresco. O ruido dos carros, carrinhas, camiões, motas e aviões, continua. Acaba de passar um mosquito, resistente à ventoinha e incenso. Línguas estranhas no café do centro comercial, uma conversa com o A. sobre os seus desencontros amorosos e as tropelias dos pedreiros macuas. Comprei água e sal fino. A velocidade do pensamento atravessa tempos e extensões. Do alho do avô de campolide ao gengibre para a memória, da moralidade étnica ao viva o povo brasileiro, da empresa de areias pesadas de Topuito à miscigenação Koti Macua. Alguns sonhos díspares, sem registo notório. Frases antigas, lugares comuns, provérbios de sempre. A música mantém presença forte. Desta e da outra, sul africana, moçambicana, cabo verdeana, africana, brasileira, sul americana, ocidental, lusa e oriental. Batucadas ainda nada. Animais só corvos. Pó quanto baste. O comboio apita repetidamente a horas desuzadas. Acordo ortográfico ainda por implementar aqui. Algumas palavras de Macua, poucas. Visitas aos bairros, raras. Passagem nas lojas, escassas e fugidias.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

“Os poderes atribuídos aos instrumentos e aos medicamentos nos ritos de cura entram em actividade somente pela acção dos especialistas, homens dotados de força psicológica, de conhecimento das plantas medicinais, com arte própria e sabedoria mística reconhecida pela sociedade.

NAHAKO: procura descobrir o culto e investiga para manifestar o escondido, especialmente as causas das desgraças e das doenças.

MUKHULUKANO: exerce a arte de curar, conhece as ervas medicinais, sabe preparar os medicamentos, confecciona-os de facto e administra-os ao doente, cuidando da sua terapia.

NAMUKU: reúne à sua volta outros indivíduos que têm conhecimentos e poderes sobrenaturais extraórdinários para uma acção benéfica comunitária.

Existe por outro lado uma personagem designada por MUKHWIRI: pessoa que, com poderes sobrenaturais extraórdinários, pode causar, por si ou por meio de terceiros, doenças e até a morte.”


Francisco Lerma Martinez, O Povo Macua e a sua Cultura, Paulinas, Maputo, Moçambique, 2008, pag. 159.

“O processo curativo utiliza instrumentos e medicinas, de valor simbólico e terapêutico, classificados de várias formas e com contextos rituais específicos. Existem uma variedade de instrumentos e de medicamentos conhecidos. E também os especialistas dos ritos de cura.”


Francisco Lerma Martinez, O Povo Macua e a sua Cultura, Paulinas, Maputo, Moçambique, 2008, pag. 159.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011