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quinta-feira, 16 de julho de 2015

This is Nampula, Mozambique!













Delirios faraonicos!







2014 - 2015, cuidados de saude evoluindo...




depois de uma pequena reabilitacao na casa dos Avos...1984


Manuel Jose Pires, 1967

Saber dar valor à vida,
É um dos tais predicados
Que nem toda a gente tem;
Pertencem só a quem lida
Vivendo por vários lados,
Sem calor de pai nem Mãe.

Pessoas há que têm medo
E até vergonha ou receio
De contar a sua vida;
A minha, não tem segredo
Nem acho que seja feio
Contá-la já em seguida.

É verdade romance
Que merece ser contada
A quem a saiba apreciar;
Basta que possua o alcance
De perceber minha "Fada",
Exposta mesmo a cantar.

Tudo o que aqui vai constar
Respeitamente à "Minha Fada"
E depois de ser bem visto,
Quem bem o possa apreciar,
Nunca acreditará nada
Não acreditando nisto.

Quando vim a este mundo
Com sorte de vagabundo,
Nasci logo atropelado.

À mercê do meu destino
E por este mundo além,
Sem conhecer um carinho

De meu pai ou minha mãe.

Divirtam-se!

Sapiens, A brief history of Humankind, do autor Yuval Noah Harari, editado por Vintage, uma excelente perspectiva da cuja dita raca humana!

de 2014 para 2015, entre Quelimane e Nicoadala!










sexta-feira, 10 de julho de 2015

Entre Iapala e Malema









Muze, as pinturas rupestres!

Ha poucas semanas fui visitar as pinturas rupestres mais sofisticadas da província de Nampula (pelo menos, daquelas que são conhecidas). Depois de Iapala (a 30 km de Ribaue), cerca de 18 km na estrada nacional para Malema, viramos á esquerda em Muesse para 12 km de caminho de areia bastante mau e chegamos ao apeadeiro de comboio de Mussa. Continuamos na estrada antiga em direcção a Malema, passamos sobre a linha de comboio e saímos outra vez á esquerda (cerca de 3 km); paramos logo a seguir porque o caminho de terra esta cortado por uma corga profunda; continuamos a pé até uma pequena aldeia, Sissire, no sopé do Inselberg alvo, cerca de 5 km. Um aldeão vem ter connosco, dizemos o que queremos e ele disponibiliza-se para nos conduzir a casa do Líder, um pouco mais longe e mais perto do monte. Passamos várias plantações de tabaco, algum já a secar, muitas crianças, como sempre, uma placa indicativa das Pinturas Rupestres de Muze, no meio do mato. O Líder esta em casa com mais mulheres e crianças, jovens rapazes também e saímos para o monte. Paisagem bonita, vamos subindo a pedra, descemos uma corga florestada, recomeçamos a subida, muitíssimo íngreme. M deita-se na pedra a descansar. O Líder sobe descalço e as crianças sobem ligeiras. Ao chegar á gruta (pala) ele avança sozinho e pede-nos para esperarmos; realiza a cerimónia, libertando um fumo acre. Podemos ir. O abrigo é pequeno, mas como de costume facilmente defensável. A paisagem é magnífica. As pinturas em óxido de ferro são de facto bastante elaboradas, com varias figuras humanas e de animais bem desenhadas; possui também elementos rectilíneos e traços repetidos, semelhantes ás outras pinturas de Iapala; um conjunto muito particular. Tiramos várias fotografias, falamos e rimos um pouco, enquanto descansamos da subida. Iniciamos a descida, eu muito rápido, para irmos parar junto a placa indicativa, no meio do mato. Tiramos fotografia de grupo, dou 200 Mt ao Líder, M distribui 100 Mt pelos outros, despedimo-nos e regressamos ao carro, rápido; foram 3 horas de passeio ao sol, teremos feito uns 15 km a pé. Retomamos o carro e regressamos pela estrada antiga em direcção a Iapala. Estamos no alcatrão e rapidamente em Ribaue; o polícia que tinha pedido boleia á saída de Nampula, para Lalaua, estava agora desfardado e de mota com o amigo; disse que tinha que ir fazer algo; esperamos 15 min enquanto bebíamos coca-cola, o homem não apareceu, retomamos a estrada para Lalaua. Estado péssimo, corgas profundas e perigosas, muitos sítios com lama, lombas e buracos, demorámos 3 horas e meia para fazer 80 km, mais de metade do caminho já de noite; mas chegamos bem, escolhemos os quartos e fomos jantar uma boa galinha cafreal!