A Poente...

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Na Baía de Nacala!

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quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

A vida é bela !

Sem dúvida. Se a soubermos apreciar, encontramos detalhes espantosos, momentos sublimes, cheiros e sabores requintados, pessoas interessantes, amizades valiosas, aventuras explêndidas, paisagens grandiosas. As dificuldades, por mais que nos incomodem e assustem, ajudam-nos a melhorar e a evoluir. E se procurarmos a mudança podemos progredir: arriscar, mesmo sem rede, é ganhar. Disciplina é necessária, trabalho árduo, perseverança, muita paciência, ajudam a solidificar a personalidade e a obter os resultados positivos da nossa acção quotidiana. Reduzir ao mínimo as necessidades, acabar com todos os consumos inuteis, encontrar e preservar o essencial. Abertura à diferença e capacidade de integração do oposto, do nosso e o dos outros. Humildade perante os mais humildes, respeito perante os mais excluidos. Podemos mudar concerteza, por tal mudando o mundo, o nosso e o de todos. Apesar da mãe de todas as guerras, os filhos continuarão a inventar-se e a libertar-se. Vive la liberté ! Happy new year ! Abraços para todas as amigas e todos os amigos, espalhados pelas Américas, Europa, África, Ásia, Oceânia e Austrália !

A vida é bela !

Sem dúvida. Se a soubermos apreciar

domingo, 14 de dezembro de 2008

História da Zambézia 6

1884 – Conferência de Berlim: repartição da África pelas potencias capitalistas.

Entre 1986 e 1930, o Estado Português, realiza a ocupação e submissão militar progressiva do território actual; entretanto, evitando o modelo colonizador de exploração da terra aposta na exportação de mão de obra.

1890 – Um Decreto da Coroa cria trabalho rural obrigatório e promove a ocupação efectiva das áreas fora dos Prazos.

1892 – Fundação da Companhia da Zambézia, que administra o território entre o Rio Zambeze e o Rio Ligonha, cobrando um imposto de 400 Reis per capita, do qual entrega 50% ao Estado, criando uma área de especialização económica regional com as extensas plantações de monoculturas.

1894 – Alfredo Aguiar (um misto Angolano que depois foi preso) publica um periódico em Quelimane, “O Clamor Africano”, uma das primeiras formulações nacionalistas.

1898 – Fundação da Companhia da Boror.

1899 – As companhias da Zambézia e os Proprietários protestam junto do Governo contra a actividade dos contratantes (“engajadores”) da África do Sul que vem buscar muita mão-de-obra.

1904 – Fundação da Sociedade Madal.

1908 – Fundação da Empresa Agrícola do Lugela.

1909 – Os Portugueses dominam o “Muenes” Ossiuo e Unrugula na antiga Capitania Mor do Baixo Molocoé (hoje Pebane).

1910 – Os Portugueses dominam a região do Sultanato de Angoche.

1915 – Empresa Agrícola do Lugela exporta 30.400 Moçambicanos para a ilha de São Tomé.

1918 – Primeira Guerra Mundial: força militar Alemã desce da Tanzânia e destrói grande parte do património de Namacurra.

1920 – Derrota de Barué: as forças Zambezianas são vencidas pelo exército português, que incorporava grande número de soldados Nguni e tropas mercenárias. Foi o fim da resistência primária armada contra a implantação do domínio colonial no território.

1922 – As Companhias cobravam um imposto de 10$00 (dez escudos) por pessoa e por ano; entregavam ao estado 8$80 (oito escudos e oitenta centavos).

1923 – O Governo do Distrito de Quelimane emite um decreto que proíbe o costume do uso de argolas e anilhas nas pernas como ornamento.

História da Zambézia 6

1884 – Conferência de Berlim: repartição da África pelas potencias capitalistas.

Entre 1986 e 1930, o Estado Português, realiza a ocupação e submissão militar progressiva do território actual; entretanto, evitando o modelo colonizador de exploração da terra aposta na exportação de mão de obra.

1890 – Um Decreto da Coroa cria trabalho rural obrigatório e promove a ocupação efectiva das áreas fora dos Prazos.

1892 – Fundação da Companhia da Zambézia, que administra o território entre o Rio Zambeze e o Rio Ligonha, cobrando um imposto de 400 Reis per capita, do qual entrega 50% ao Estado, criando uma área de especialização económica regional com as extensas plantações de monoculturas.

1894 – Alfredo Aguiar (um misto Angolano que depois foi preso) publica um periódico em Quelimane, “O Clamor Africano”, uma das primeiras formulações nacionalistas.

1898 – Fundação da Companhia da Boror.

1899 – As companhias da Zambézia e os Proprietários protestam junto do Governo contra a actividade dos contratantes (“engajadores”) da África do Sul que vem buscar muita mão-de-obra.

1904 – Fundação da Sociedade Madal.

1908 – Fundação da Empresa Agrícola do Lugela.

1909 – Os Portugueses dominam o “Muenes” Ossiuo e Unrugula na antiga Capitania Mor do Baixo Molocoé (hoje Pebane).

1910 – Os Portugueses dominam a região do Sultanato de Angoche.

1915 – Empresa Agrícola do Lugela exporta 30.400 Moçambicanos para a ilha de São Tomé.

1918 – Primeira Guerra Mundial: força militar Alemã desce da Tanzânia e destrói grande parte do património de Namacurra.

1920 – Derrota de Barué: as forças Zambezianas são vencidas pelo exército português, que incorporava grande número de soldados Nguni e tropas mercenárias. Foi o fim da resistência primária armada contra a implantação do domínio colonial no território.

1922 – As Companhias cobravam um imposto de 10$00 (dez escudos) por pessoa e por ano; entregavam ao estado 8$80 (oito escudos e oitenta centavos).

1923 – O Governo do Distrito de Quelimane emite um decreto que proíbe o costume do uso de argolas e anilhas nas pernas como ornamento.

Roteiro dos caminhos difíceis

4 de Outubro de 2008, Sábado

Saída de Quelimane às 6h 30, com a cidade já bem movimentada, as bicicletas circulam ligeiras, percorremos as rectas planíssimas entre os palmares e os terrenos inundáveis, passamos a lixeira, a quinta das vacas, a antiga fábrica de tijolo, até Nicoadala. Entramos em velocidade lenta passando o controlo da PT, atravessamos a zona do mercado cheia de gente. Deixamos à esquerda a estrada nacional 1 para o Zambeze, iniciando o ligeiro ondular da baixa Zambézia, rio após rio, vemos os artesãos das caixas de madeira, passamos Namacurra, subimos pouco a pouco, até avistar os primeiros montes, rochosos, a Norte. Chegamos então à poeirenta “Cidade” de Mocuba, um dia suposta capital de Moçambique, para tomar café. Atravessamos a velha ponte do tempo dos colonos sobre o rio Licungo, entrando na Alta Zambézia. A partir daqui a estrada deixa de o ser, passando, alternadamente, a uma manta de buracos profundos ou a uma pista escalavrada e irregular, poeirenta e barulhenta; muitas bicicletas, muitos peões. Os camiões arrastam longas nuvens de pó vermelho. Passamos Mugema (desvio para Gilé à direita), Nampevo (desvio para Ilé e Gurué à esquerda), mais picos de rocha, imponentes, vão aparecendo. Está calor mas a cassete de música moçambicana tempera o ambiente. Chegamos à vila de Alto Molocue: é preciso re atestar de gasóleo, pelo sim pelo não, o nível do óleo está a meio, leva 1 litro; a compra de amendoins no mercado, pouco assados, grandes e saborosos, conclui os afazeres. Continuamos largando a Praça para a estrada principal, viramos á esquerda: a via está renovada, óptimo piso, vamos rápido chegando a Alto Ligonha (do Distrito de Gilé); a “Cabeça do Macaco” anuncia a passagem para a província de Nampula. Passamos Murrupula mas a estrada já esteve melhor, agora tem muitos buracos e fundos, o que leva a diminuir a velocidade. Chegamos à cidade de Nampula, marcando logo o quarto, antes de entrar no centro, na habitual residencial Recol. O restaurante é uma grande esplanada de vários níveis, lago central, comida moçambicana, portuguesa e outras, razoável e a preço normal. Foram 600 km em 9 horas. Prepara-se o começo da nova viagem de batida.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Roteiro dos caminhos difíceis

5 de Outubro de 2008, Domingo

Não havia pressa. São só 400 km e a estrada não está má até Pemba. Sacar cash no ATM em vista da escassez prevista de acesso no Norte. Descendo a Avenida Central, a feira espalha-se nos 4 passeios, á sombra das árvores: milhares de sapatos, roupa, artesanato, muita gente e cores. Mobiliário elegante, pau preto, cestaria, caixas, marfim. Não compramos nada. Saída de Nampula após atestar o tanque, boas rectas, bom piso, castanha de caju à venda, imponentes picos rochosos, até Namialo; viramos à esquerda (em frente continua para Nacala), directos a Norte; nas aldeias junto à estrada – processo local de urbanização - os artesões de esteiras, de uma certa palha bem parecida e macia, expõem os seus produtos; discutimos o preço e compramos 2; mais à frente, vendedores de frutos de Baobab (Ebondeiro), já com a polpa branca bem apresentada em sacos de plástico da mesma cor, montaram expositores. Os Baobabs, uns, apresentam grandes flores brancas; outras, oblongos frutos aveludados e escuros; as sementes, com sal, fazem bem à tosse. Perguntamos para que serve, como se faz, compramos seis frutos grandes, castanhos-escuros, pele de veludo. Mais estrada, está calor, passamos Nacaroa, bastantes buracos, Alua, Namapa e chegamos ao Rio Lúrio, que marca a fronteira entre as duas províncias, Nampula e Cabo Delgado. Continuamos até Chiure, deixando á direita um desvio em pista para as Quedas do Lúrio, local de concentração de praticantes de medicina tradicional e de espaço de tratamento. Finalmente chegamos a Metoro e viramos à direita, para Este, para Pemba, onde totalizamos 1.027 Km, só para começar a viagem. Aproveito logo para marcar 2 mergulhos no C. I. Divers para amanhã. A Residencial está cheia e vamos dormir nos bungalows do hotel mesmo em cima da praia.

sábado, 6 de dezembro de 2008

História da Zambézia 5



1836 – Proibição do Tráfico de Escravos pelas potenciais ocidentais. Sabemos que foi um negócio que continuou ainda durante muitos anos de forma intensa.

1858 – Dia 4 de Fevereiro, um diploma régio (do Rei de Portugal) cria o toponímico “Zambézia”.

1875 – Os camponeses (“colonos”) podem pagar o “mussoco” (imposto per capita), em géneros ou em trabalho. Assiste-se a uma emigração massiva dos produtores.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Roteiro dos caminhos difíceis

6 de Outubro de 2008, Segunda-feira

A marginal e a praia têm pouco movimento a esta hora. Algumas mulheres vendem amendoins na esquina da entrada para o mar. Em frente à residencial, a empresa de mergulho, aluga equipamento, dá cursos, apneia e pesca. Pertence a um sul africano. Saída às 10h 30min em barco de fibra com motor de 25 hp, durante cerca de 10 min para Sudeste, num grupo de 4, um casal americano e o monitor sul-africano. Mar calmo, céu bem azul e sol forte. O monitor fez o briefing do mergulho e pôs-me o americano como buddy; a moça era pouco experiente e necessitava fazer alguns exercícios no fundo de areia com ele. Mergulhamos por cima das Shallows, localizadas com o GPS, lentamente até uma profundidade confortável, os 10,7 m: fauna piscícola variada, de muitíssimas formas e cores, pequenos; começo a tirar fotografias, pensando que a pouca profundidade e a muita luz podem dar alguns bons resultados; também às estrelas-do-mar, anémonas, corais, de muitas outras formas e cores; entretanto, perdi o “buddy”, circulei 3min, subi lentamente à superfície onde cheguei com 51 min de mergulho. O barco estava a 100 m, veio ao meu encontro. O regresso foi soft. Uma salada de polvo na esplanada com uma cervejinha fresquinha, um café, estou pronto para outra. A segunda saída foi às 14h 30min, eu, o monitor e o piloto moçambicano, para um percurso Este de 15 min. À paragem na Wall, parede de coral que desce até aos 150 m, descemos até aos 18, rapidamente, sem fio. A Este, a escuridão azul ao lado da parede bem inclinada, dá uma ideia da profundidade do desnível. Muitos peixes miúdos de cores brilhantes e contrastadas, uma lagosta grande. Ouvem-se as baleias, ao longe na massa líquida, uivando sinfónica mente. Os corais tem também todas as formas e cores e albergam todo o tipo de bicharada colorida, peixes leão, alguns altamente alergénicos. A máxima é não deixar nada a não ser bolhas, não levar nada a não ser fotografias. Don’t toutch anything ! Circulamos bastante e subimos após 45 min; fiquei ainda com 100 bar no tanque, de tão tranquilo que andei. Encontramos os amigos com quem tivemos uma apetitosa conversa e o jantar na esplanada do bar da praia estava bem “nice” (peixe grelhado); fomos dormir na pacata Residencial Wimbi.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Roteiro dos caminhos difíceis

7 de Outubro de 2008, Terça-feira

Saímos de Pemba cedo, mas na aldeia logo a seguir, a polícia manda parar e mostra detector de velocidade, 68 km / h, seja 18 km acima do último sinal; 15 minutos para passar e pagar a multa de 1.000 meticais, continuamos ao sol; viragem à direita em Metuge, abandonando a estrada principal alcatroada, para chegar à entrada do Parque Nacional das Quirimbas; construção elevada em troncos e capim, homem fardado deitado por cima do portal; a pista está má, com piso ondulado fino e valas muitas e profundas obrigando a passar em segunda e diminuindo drasticamente a velocidade de cruzeiro. Em Mahate passamos pelo monumento Indígena e seguimos para Quissanga, onde apanha o barco quem quer ir para a Ilha do Ibo. A vila tinha pouca gente e os vários informadores todos garantiram que a pista para Mocojo estava intransitável há muitos anos; está no mapa, mas já não existe. Decepcionados por abandonar o litoral, voltamos para trás para apanhar o primeiro desvio à direita para Macomia e poupando uns 70 km de pista; que de facto também já não existia. No mapa sim, na realidade a floresta e os ribeiros tomaram conta. Obrigados a regressar a Mahate, viramos à direita para Dali, Bilibiza até Muaguide, saindo do parque nacional e passando à estrada de alcatrão muito razoável; subimos para Norte, contornando á nossa direita, o Parque, até Macomia. Entramos na vila bastante povoada. No cruzamento, mesmo à borda da estrada, uma pequena construção de blocos e cimento, pintada de amarelo, o “tak away” oferece biscoitos e latas, sandes variadas (!), outras comidas e bebidas frescas; o proprietário português informa que a pista para Mocojo está boa e se passa até Quiterajo (que vem indicado no mapa com alojamento, parque de campismo e possibilidade de mergulho). Voltamos a entrar no Parque Nacional, até Mucojo, 45 Km de pista renovada, areia vermelha, larga e boa. Chegamos à vila já de noite e viramos à esquerda para mais 38 Km até Quiterajo; a pista é difícil, com muita areia, terreno duro e com corgas, muitas curvas, mato denso e apertado, pontes e muita bosta de elefante, mais e menos fresca. Estamos já fora do Parque Nacional das Quirimbas. Muito contentes de chegar a Quiterajo, deparamos com uma única pessoa; o próprio guarda do Parque de Campismo, que só funciona durante o dia e mediante aviso da sede em Pemba. Outro alojamento não há, mergulho nem pensar, e onde comer, só amanhã. O Guarda procura informar-se sobre os nossos objectivos: queríamos subir junto à costa. Mas para Mocimboa da Praia não se passa, há vários anos que a pista está intransitável. Convida-nos a parquear nas suas instalações, indicando o caminho para a entrada na vedação singela e estacionamos debaixo da mangueira. Diz-nos que vai informar o Chefe de Posto que chegaram dois visitantes enganados, um casal, que ficarão esta noite para amanhã retomar caminho. Preparamos o acampamento inside Surf, comemos bolachas, amendoim, caju e bananas, água e sumo de maracujá. O guarda regressou e ligou a música. A noite é bela e as estrelas incontáveis.

Roteiro dos caminhos difíceis

7 de Outubro de 2008, Terça-feira

Saímos de Pemba cedo, mas na aldeia logo a seguir, a polícia manda parar e mostra detector de velocidade, 68 km / h, seja 18 km acima do último sinal; 15 minutos para passar e pagar a multa de 1.000 meticais, continuamos ao sol; viragem à direita em Metuge, abandonando a estrada principal alcatroada, para chegar à entrada do Parque Nacional das Quirimbas; construção elevada em troncos e capim, homem fardado deitado por cima do portal; a pista está má, com piso ondulado fino e valas muitas e profundas obrigando a passar em segunda e diminuindo drasticamente a velocidade de cruzeiro. Em Mahate passamos pelo monumento Indígena e seguimos para Quissanga, onde apanha o barco quem quer ir para a Ilha do Ibo. A vila tinha pouca gente e os vários informadores todos garantiram que a pista para Mocojo estava intransitável há muitos anos; está no mapa, mas já não existe. Decepcionados por abandonar o litoral, voltamos para trás para apanhar o primeiro desvio à direita para Macomia e poupando uns 70 km de pista; que de facto também já não existia. No mapa sim, na realidade a floresta e os ribeiros tomaram conta. Obrigados a regressar a Mahate, viramos à direita para Dali, Bilibiza até Muaguide, saindo do parque nacional e passando à estrada de alcatrão muito razoável; subimos para Norte, contornando á nossa direita, o Parque, até Macomia. Entramos na vila bastante povoada. No cruzamento, mesmo à borda da estrada, uma pequena construção de blocos e cimento, pintada de amarelo, o “tak away” oferece biscoitos e latas, sandes variadas (!), outras comidas e bebidas frescas; o proprietário português informa que a pista para Mocojo está boa e se passa até Quiterajo (que vem indicado no mapa com alojamento, parque de campismo e possibilidade de mergulho). Voltamos a entrar no Parque Nacional, até Mucojo, 45 Km de pista renovada, areia vermelha, larga e boa. Chegamos à vila já de noite e viramos à esquerda para mais 38 Km até Quiterajo; a pista é difícil, com muita areia, terreno duro e com corgas, muitas curvas, mato denso e apertado, pontes e muita bosta de elefante, mais e menos fresca. Estamos já fora do Parque Nacional das Quirimbas. Muito contentes de chegar a Quiterajo, deparamos com uma única pessoa; o próprio guarda do Parque de Campismo, que só funciona durante o dia e mediante aviso da sede em Pemba. Outro alojamento não há, mergulho nem pensar, e onde comer, só amanhã. O Guarda procura informar-se sobre os nossos objectivos: queríamos subir junto à costa. Mas para Mocimboa da Praia não se passa, há vários anos que a pista está intransitável. Convida-nos a parquear nas suas instalações, indicando o caminho para a entrada na vedação singela e estacionamos debaixo da mangueira. Diz-nos que vai informar o Chefe de Posto que chegaram dois visitantes enganados, um casal, que ficarão esta noite para amanhã retomar caminho. Preparamos o acampamento inside Surf, comemos bolachas, amendoim, caju e bananas, água e sumo de maracujá. O guarda regressou e ligou a música. A noite é bela e as estrelas incontáveis.