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quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Miyo kokhuma o Namuli

“Doença e cosmovisão


Existe uma íntima relação entre a doença em si, o doente e a sociedade, dentro da visão que o macua tem da realidade. Nesta sociedade não se pode considerar a doença como uma parte isolada dos restantes componentes, ou como um assunto particular do indivíduo, sem nenhuma outra incidência social. A doença aparece no indivíduo como ser complexo e membro de uma família e de uma sociedade. Por isso o macua vive a doença na profundidade do seu ser, sentindo-a como ruptura de equilíbrio das suas relações com a restante sociedade. Quando está doente sente a doença como uma desordem existencial profunda e luta para restabelecer a harmonia. Como doente, dirigirá os seus passos numa tríplice direcção, família, sociedade e natureza, de forma a superar positivamente a prova e evitar o perigo de morte que toda a doença traz consigo. Recorrerá às componentes essenciais da sociedade (Deus, antepassados, família e restante sociedade), para ultrapassar a agressão existencial e passar de doente a pessoa saudável, apoiar-se-á em elementos profanos (alimentação e higiéne), místicos (ritos, proibições, tradições e prescrições) e comunitários (família e sociedade em geral); com o seu apoio, não se sentirá só e abandonado no sofrimento. Pelos ritos de cura, o doente entrará em contacto directo com os elementos essenciais da cosmovisão e com os valores culturais fundamentais da sociedade a que pertence: a vida como valor supremo, considerada dinamicamente em movimento de acção e renovação; Deus, que é a fonte e que dá consistência e unidade a todo o processo; os antepassados, medianeiros da vida e, por isso, da saúde; os membros da sociedade, na medida em que a vida e a saúde só se podem obter com todos eles em relação e harmonia. E, como pano de fundo, frágil e transparente, as referências ao mito de origem (o monte Namuli), pois aí se deu a primeira passagem. Diz a tradição:
MIYO KOKHUMA O NAMULI (Eu venho do monte Namuli)."

Miyo kokhuma o Namuli



“Doença e cosmovisão


Existe uma íntima relação entre a doença em si, o doente e a sociedade, dentro da visão que o macua tem da realidade. Nesta sociedade não se pode considerar a doença como uma parte isolada dos restantes componentes, ou como um assunto particular do indivíduo, sem nenhuma outra incidência social. A doença aparece no indivíduo como ser complexo e membro de uma família e de uma sociedade. Por isso o macua vive a doença na profundidade do seu ser, sentindo-a como ruptura de equilíbrio das suas relações com a restante sociedade. Quando está doente sente a doença como uma desordem existencial profunda e luta para restabelecer a harmonia. Como doente, dirigirá os seus passos numa tríplice direcção, família, sociedade e natureza, de forma a superar positivamente a prova e evitar o perigo de morte que toda a doença traz consigo. Recorrerá às componentes essenciais da sociedade (Deus, antepassados, família e restante sociedade), para ultrapassar a agressão existencial e passar de doente a pessoa saudável, apoiar-se-á em elementos profanos (alimentação e higiéne), místicos (ritos, proibições, tradições e prescrições) e comunitários (família e sociedade em geral); com o seu apoio, não se sentirá só e abandonado no sofrimento. Pelos ritos de cura, o doente entrará em contacto directo com os elementos essenciais da cosmovisão e com os valores culturais fundamentais da sociedade a que pertence: a vida como valor supremo, considerada dinamicamente em movimento de acção e renovação; Deus, que é a fonte e que dá consistência e unidade a todo o processo; os antepassados, medianeiros da vida e, por isso, da saúde; os membros da sociedade, na medida em que a vida e a saúde só se podem obter com todos eles em relação e harmonia. E, como pano de fundo, frágil e transparente, as referências ao mito de origem (o monte Namuli), pois aí se deu a primeira passagem. Diz a tradição:
MIYO KOKHUMA O NAMULI (Eu venho do monte Namuli)."

Miyo kokhuma o Namuli


“Doença e cosmovisão

Existe uma íntima relação entre a doença em si, o doente e a sociedade, dentro da visão que o macua tem da realidade. Nesta sociedade não se pode considerar a doença como uma parte isolada dos restantes componentes, ou como um assunto particular do indivíduo, sem nenhuma outra incidência social. A doença aparece no indivíduo como ser complexo e membro de uma família e de uma sociedade. Por isso o macua vive a doença na profundidade do seu ser, sentindo-a como ruptura de equilíbrio das suas relações com a restante sociedade. Quando está doente sente a doença como uma desordem existencial profunda e luta para restabelecer a harmonia. Como doente, dirigirá os seus passos numa tríplice direcção, família, sociedade e natureza, de forma a superar positivamente a prova e evitar o perigo de morte que toda a doença traz consigo. Recorrerá às componentes essenciais da sociedade (Deus, antepassados, família e restante sociedade), para ultrapassar a agressão existencial e passar de doente a pessoa saudável, apoiar-se-á em elementos profanos (alimentação e higiéne), místicos (ritos, proibições, tradições e prescrições) e comunitários (família e sociedade em geral); com o seu apoio, não se sentirá só e abandonado no sofrimento. Pelos ritos de cura, o doente entrará em contacto directo com os elementos essenciais da cosmovisão e com os valores culturais fundamentais da sociedade a que pertence: a vida como valor supremo, considerada dinamicamente em movimento de acção e renovação; Deus, que é a fonte e que dá consistência e unidade a todo o processo; os antepassados, medianeiros da vida e, por isso, da saúde; os membros da sociedade, na medida em que a vida e a saúde só se podem obter com todos eles em relação e harmonia. E, como pano de fundo, frágil e transparente, as referências ao mito de origem (o monte Namuli), pois aí se deu a primeira passagem. Diz a tradição:
MIYO KOKHUMA O NAMULI (Eu venho do monte Namuli)."