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“À medida que a sensação de eu individual se tornava mais forte, o homem perdeu a sua conexão natural ao conhecimento silencioso. O homem moderno, sendo herdeiro desse desenvolvimento, encontra-se, portanto, tão desesperançadamente removido da fonte de tudo que só lhe resta expressar seu desespero em atos violentos e cínicos de autodestruição.” (Don Juan)
O Poder do Silêncio.
Carlos Castaneda.
Aqui na praia tem estado muito vento, sobretudo durante a noite! A verdadeira torre do Corto Maltese no topo da duna! Pôr do sol sempre magnífico, começou a chover há 2 ou 3 dias – estamos na estação fria.
Diz que os insurgentes de Cabo Delgado já estão em Nacala! Mas ainda não aconteceu nada; só que Nampula já tem o maior número de Covid-19 de todas as províncias do país.
Então estou como ouro sobre azul.
O meu ritmo de trabalho adaptou-se ao tempo parcial, desapareceu a autopressão produtiva digital, interrompi algumas rotinas e reduzi outras.
Beleza!
Estava
virgem de Malária, já com mais de 13 anos de Moçambique. Sábado 21/06, tinha
estado a trabalhar no portátil, à noite telefona o V; estava de calção, fui
lá para fora já depois do pôr do sol, estava um vento fresco e tive alguns
arrepios, estivemos quase uma hora a falar. Entrei, jantei, senti-me febril;
domingo, aspirina; segunda-feira, a W sai com as 4 panteras para Nampula,
para seguir na terça para Quelimane; aguentei até terça com aspirina; ela
insistia para ir fazer o teste, que normalmente temos em casa. Quarta (4 dias
de evolução), fui fazer teste rápido ao Centro Médico X, positivo. Fui comprar 24
comprimidos de Airlan (4co 2x dia) e casa; três dias depois estava sem febre
nem dores de cabeça, mas começaram os micro soluços sucessivos em salvas, noite
e dia, durante mais uns 3 dias e 1 dia de cabeça oca. Já recuperei.
Ontem o céu esteve cinzento o dia todo e ao fim da tarde o vento começou a soprar bem, a noite toda; hoje continuou cinzento e teve uns chuviscos.
Está fresco, tive que vestir a camisa de capulana e fechar a porta da varanda da sala.
Os
cachorros pequenos já ladram, fui colocar uns blocos para os proteger um pouco
do vento, lá debaixo da minha casa de banho (Sul, junto à janela do quarto dos
fundos).
Mas entretanto retomei a rotina, interrompida durante mês e meio, da hora aerozen: 5 km de exercício físico e uma hora de limpeza mental com ideias múltiplas de inovações idiotas e excelentes.
A maioria dos acompanhantes são pássaros: tem muito pequenos, muitos, azuis; tem maiores, menos, amarelos; tem muitas rolas, e outros também já grandes, com preto e castanho; tem pequenos, gordos de bico avantajado; tem minúsculos, Vermelho vivo e preto. Tem claro, os chatos dos corvos, pretos e brancos. O falcão deixou de aparecer; os manguchos emigraram.
A ocupação do terreno do Campus,
quadrante sudeste junto à Estrada nacional 1, agora estendendo-se ao longo da
vedação para norte e ocupando já o quadrante sudeste, centenas de casas e
provavelmente já mais de 1.000 crianças, as repetidas cerimónias noturnas de
seitas religiosas, vão transformando o Quadro.
A. andava a queixar-se de uma dor torácica esquerda, frente e atrás, sem dor à pressão, dor à flexão e exame clínico normal,
há dois dias; hoje 38,8 de Tº; dei-lhe 1g de aspirina; Z. tinha comprado
testes de malaria, deu positivo; 4 co. de Quarten. Está a dormir.
Aqui a temperatura está maravilha, um bom vento à noite, com o sopro do som de marujar do mar impecável, ondas intermináveis!
Depois da máquina de
lavar sonhos, agora a máquina de lavar “almas”!
Back in Mucopoa!, All alone.
Hoje é terça, vim na segunda saindo às 8:30 para chegar às 11h.
Uma variedade de inutilidades
obrigatórias nas redes diversificadas, reuniões e investigação, avaliação de
estudantes e mais um artigo publicado: Saúde mental em Moçambique, uma revisão
sistemática, Revista Hospitalidade, Ano 84, nº 327, Janeiro a Março de 2020.
Extra!
Esta tarde fui ao primeiro banho de praia. Levei o Jay, as miúdas não quiseram vir, parece que esqueceram fato de banho. Ao chegar à praia, pela entrada mais próxima, o cachorro soltou-se da coleira e fugiu – talvez assustado por um grupo à sombra de uma bela árvore na areia. Mas obedeceu depois e atrelei-o; fomos calmamente a pé pela “rua” até ao Sol e Mar; na entrada estavam a fazer obras no portão e optei por ir à praia pelo caminho largo; cheguei à entrada da praia (escadas) e prendi o cão às raízes de uma das casuarinas mortas; subi e pedi para guardar a bolsa e o resto; desci e levei o cão para a água; andava para traz, depois nadou, sempre um pouco assustado, temeroso, sobretudo relativamente aos raros passantes.
Tomei uma tónica até secar. Chegou o Chefe da Polícia. Paguei e regressei pela praia; daí até casa o cachorro portou-se maravilha. Em casa a Z e a H estavam a transplantar e a ver o resultado das sementeiras de há poucos dias – tudo a germinar!
Natureza potente: eu há não sei quanto tempo a tentar passar para a fase Azur Índico, agora “obrigatoriamente” em Sabática viral!
N. declarou ontem o Estado de Emergência Nacional, de 1 a 30 de abril.
Em Sabática (terceira) reformulada (tribalmente, 3, 1, 4), com ar
fresco do oceano Índico. Como a onda Azur havia de ser despoletada por um vírus (COVIR-19), tão na perspetiva do historiador Judeu autor do Sapiens e Homo
Deus! Tremenda clarividência, sem pensar nos “adivinhadores”, “profetas”,
“auspícios”.
Entrei hoje em trabalho ao domicílio, quinta-feira, mais ou menos
determinado pelo Presidente da República no Domingo passado, para iniciar na
segunda-feira 23. Encerramento de todas as escolas, igrejas e cultos, qualquer
reunião com mais de 50 pessoas…A comunicação social (radio e TV) atacam higiene
pessoal e distanciamento social; nas cidades, em quase todas as lojas, já tem
água e sabão para lavar as mãos antes de entrar! Uma campanha generalizada de higiene nunca vista!
Fugindo à avalanche COVIRUS 19, saí ontem às 13h com a A e B, de Nissam, para começarmos a andar às 13:25, depois de termos deixado o carro numa casa (com gente a beber e jogar), no caminho de Marrere para Lusaka B, ou “Caramacha”.
Andámos rápido, pouco mais de una hora, até perto da serra de Muhito, a Oeste. Carreiros adivinhados, chegámos a um ribeiro mais profundo e largo (depois de termos já circulado em vários regos e plantações de arroz). Não falámos nada. Aproxima-se um gajo, do outro lado; depois mais dois; perguntam que queremos. Explico que queremos atravessar. Está onde o carreiro? Pergunta: viemos fazer o quê? Explico: passear, tirar fotografias, ver plantas, árvores e pássaros. Passear? Nunca ouvi! Vieram buscar o quê? Nada, só ar puro e paisagem! Desconheço e diz que há agora uma doença, corona. Vieram trazer? Caminho para passar, não diz.
Voltamos para
trás. Sentamo-nos à sombra da enorme mangueira: comer umas bolachas integrais
e beber água. Chegam os ditos cujos, com catana e machado, passam e seguem.
Continuamos tranquilos e tiramos fotos. Chegam três putos, vindos da sede de
Napueia, da Igreja (protestante zionista) – falam bem português, bem vestidos, um com os sapatos bem
engraxados, brilhantes, na mão. Trocamos informações. Seguem. Vamos regressar.
Apanhamos caminho de carro até à principal, longe, viramos à esquerda, andamos muito,
até chegar ao carro. Estavam a jogar Mbane.
Casa. Um pouco de descanso,
ouvindo estórias, na cadeira no quintal na traseira. Aerozen irregular: Chez
Jahmwene, subida ao intermédio penedo sagrado – face Sul; o bairro ilegal
ocupa já os 20% Sudeste, com casas muito próximas do principal local de
celebração do Mucuto; algum atrevido veio mesmo colocar um canto de 8 blocos de
cimento. Apeteceu-me dar um pontapé. Não dei, continuei. Cortei a meia encosta
depois de me sentar um pouco no granito liso e plano. O mato está alto, depois
do pôr do sol, o caminho inventa-se. Cobras, fugiram. Mas preparei-me mal, não
trouxe o pau. Rompi uma teia enorme, com uma aranha gigante, quase que me
detinha, furei, avancei, escovei braços e costas, deve ter ficado por lá!
A maioria dos monumentos do chamado Homos Sapien Sapien, talvez mesmo os mais antigos, são destinados aos mortos.
Vi hoje pela primeira vez desde há
Hoje é terça-feira e já cumpri o mínimo para a semana (3 horas, 15 km).
Esparguete com salcichas (fritas em azeite,
com alho e cebola) e salada de abacate com cebola e tomate, azeitonas
castanhas, branco Pias. Já tinha ido às compras, andado 5 km e tomado o banho
macua.
A conclusão a que chegámos na reunião, o sucesso depende do
acompanhamento. Individualmente, acrescento, de forma indispensável e
fundamentalmente determinante, a Liderança!
Isto, sempre na perspetiva da possibilidade
(não sou pessimista nem otimista, sou possibilista), porque o “Sapiens”, naquilo
que decorre da minha (pessoal) experiência, não presta (em geral).
Em resumo, 23 horas, revisão das dezenas de DVDs das panteras, já
deitei fora vários, guardei outros (qualidade sofrível), agora saiu-me um de
música SA nice! Não tenho pasta para arquivar, vou inventar. Ou não, deixo só!
O post – pós – Doutoramento (pós Doutoramento em Ciência da Paz – paciência) em
Inatividade Radical, tem-me ensinado algumas coisas. Não te chateies!
Hoje
é o primeiro dia do resto da tua vida: o sol pôs-se às 18 e às 19 era noite. A
Lua está em quarto crescente, Vénus a Oeste, nuvens, temperatura 26ºC,
pirilampos. Estamos na época do Ananás e Abacate, também Limão!
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