A Poente...

A Poente...
Na Baía de Nacala!

Alfacinha

Alfacinha
encontra Mapebanes

Luso calaico

Luso calaico
visita Etxwabo

terça-feira, 9 de junho de 2009

Vocabulário

Os praticantes de medicina tradicional da Baixa Zambézia, tem especialidades muito diferentes.
Kumbaisa: adivinho, pessoa que se acredita possa descobrir coisas ocultas como a causa da doença, quem foi o causador da doença, o autor da desgraça, o autor da morte, onde foram ocultadas coisas roubadas, quem detém a chuva. Ritual com objectos físicos.
Proverbio Etxwabo: Kumbaisa onomukutha Mukwiri (o adivinho descobre o autor da desgraça).
Mulaula: adivinho, pessoa que pretende desvendar coisas ocultas ou futuras, descobrir quem roubou ou fez feitiço; ás vezes indica o curandeiro apto ao caso.
Exemplo: Wafema eliwe omutomeya muzogwe, mudhele mulaula kamubulile muzogweya (Uafema foi acusado de deter a chuva, mas o adivinho quando chegou não desvendou chuva nenhuma).
Sinónimos: Kumbaisa, Muliba makaga, muliba makaga manddimuwa.
Mukwiri: pessoa que segundo a crença popular, possui o feitiço e pode dar a outrém qualquer espécie de mal, ele é tido como o responsável último do mal físico e moral. Secreto.

Provérbio Etxwabo: Mukwiri kanlowa nzuwa (a pessoa que possui a força de fazer o mal não aguenta enfeitiçar o sol).
Nahana ou Namusorho: curandeira / o que trata a doença do "histerismo" (Mazoka ou Matoa). Cura atravéz dos batuques.
Provérbio Etxwabo: Maliana Nahana, okana makobwa aye, onolaba na bafu, onotxetha marhombo (Maliana é curandeira, tem os seus cestinhos com remédios, faz o sufumígio, dança o Marombo e a Zoka).
Namabaliha: parteira.
Ñganga: curandeiro, herbanário, médico que dá remédio, tendo ás vezes em conta as indicações do adivinho, utilizando escarificações, plantas e raízes, um ritual.

3 comentários:

Ju disse...

...bastante interessante.

raco disse...

Perdi-me entre os diversos textos e a maravilha das fotografias publicadas.
Procurava Mocimboa ou Ribaué ( Cabo Delgado ou Nampula) mas, fugiam-me os olhos para a coluna lateral, pelo passar de vivências de Moçambique!
Passei por lá muito cedo, ainda jovem e sem saber muito bem como tudo se passava. Embeveceu-me a cultura riquíssima e a sua arte que tanto me motivou para pintar telas( ?) feitas de serapilheira com óleos de restos de tintas de esmalte, da pintura de viaturas.
São passados 40 anos!
Nada me lembra que seja de emotivo, porque foram anos de vida que perdi! Há coisas na vida que não vale a pena guardar, porque só ocupam espaço desnecessário no sótão de lembranças.
Mas lembra-me como se fosse há 4 anos as belezas que os meus olhos ainda recordam.
Vim aqui a conselho de um amigo comum.
Fiquei com vontade de voltar, porque aqui se respira cultura e cheiro de liberdade sem cor.
Abraços de uma Serra, no Douro!
RC
http://sol.sapo.pt/blogs/oserrano/default.aspx

dyanna disse...

I like your blog.I'm waiting for your new posts.