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sexta-feira, 6 de maio de 2011

Exegese

A chuva vai caindo, por episódios, às vezes pesada mas mais frequentemente chuviscos. É já noite escura (18 horas) e não há estrelas. Preparo-me para organisar o jantar, arroz de Leitão com legumes, salada mista. Duas de treta e vamos tomar café à Pizaria. O avião da LAM hoje, excecionalmente, chegou a horas e está a descolar.

Assim vai correndo a espuma dos dias, entre nada e quase zero. Tempo é uma dádiva de “Deus”, ninguém pode reinvidicar. Os temas e as ideias sucedem-se. O pântano absorve todas as capacidades de estruturação. Entre as empresas que adormeceram e as casas que apodreceram, a ausência de interlocutores começa a parecer-me óbvia e até imponente.

Portanto, é preciso tomar uma decisão. Poderá haver um elemento exterior determinante na decisão, não é inabitual, gota de água ou viragem estratégica, essa é a “graça” da vida. Não está fácil! O desperdicio de produtividade para o bem é uma patologia social. Há outras. Mas esta é gritante pelas necessidades reais da população. Pequeno exemplo da dinâmica do pântano.

Baixando ao nível da terra mais terra, duas vezes ao dia invadida pela maré, percebe-se que a raça é unanime na dificuldade da construção positiva; apesar das muitíssimas demonstrações colectivas de solidariedade, altamente promovidas e mediatizadas, o sentido geral è do “diabo”, egoista e estúpido. Já nem falo na Fortaleza Dourada. Não há “Profeta” que os oriente. Não há “Deus “ que os salve!

Predomina o animal: alimentação, segurança e afecto. O que muitas vezes, aqui, é quase impossível de conseguir. Mas a resistência da gente é tamanha. E prossegue, às vezes violentamente, maioritariamente contemplativa e expectante, através de invasores e modas, crises e catástrofes. Existe um caminho melhor? Um percurso seguro? Têm muitos “curandeiros” que adivinham o futuro; são futuros pessoais reais; tem muitos economistas que especulam nas bolsas mundiais; são consequências devastadoras.

A deceção da realidade só pode ter a ver com o nível de expectativa que foi colocado demasiado alto. Por quem? Influenciado pelos avós, pais, escolas e sociedade em geral. Uma toxicodependência inconscientemente induzida para a comercialização de antídotos: profissão, família, consumo. Portanto, trata-se de re centrar a realidade.

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