A Poente...

A Poente...
Na Baía de Nacala!

Alfacinha

Alfacinha
encontra Mapebanes

Luso calaico

Luso calaico
visita Etxwabo

terça-feira, 9 de agosto de 2011

What is it?


“A Pré-História


No vasto território que o povo macua ocupa hoje, no norte de Moçambique, há importantes estações arqueológicas e de arte rupestre, que testemunham a presença na região, em tempos passados, de povos antigos antes da chegada dos macuas (bantus). Os primeiros habitantes da região foram os povos Khoi e San, descendentes de homens de Grimaldi e dos Boskop. A arte rupestre e as estações arqueológicas encontradas na região poem em evidência a presença de povos com mentalidade distinta, em épocas muito distantes, e são vestígios do Paleolítico (a estação de Riane), de uma escrita hieroglífica primária (a estação de Campote, no Niassa) e de agricultores com mentalidade neolítica (estações de Nacavala, Murrupula e Mogovolas, em Nampula).”

“Séculos XV-XVIII: Os estados afro-asiáticos da costa e os regulados macuas


Os Árabes introduziram entre os macuas intercâmbio de produtos em larga escala, novas técnicas agrícolas, novas espécies de plantas e o comércio de escravos.
Obrigados a defender o seu território e querendo controlar por si próprio o comércio do marfim e o tráfego dos escravos, estabeleceram-se uniões e mini-alianças entre os vários grupos clânicos, aparecendo, deste modo, aquilo a que podemos chamar de confederações de clãs. É o caso dos Chacas, Erati e Meto, no vale do rio Lúrio; e dos Namarróis, mais a Sul do território macua.”

Entre alguns chefados macuas e os pequenos reinos afro-asiáticos da costa estabeleceram-se alianças baseadas no comércio de produtos e no tráfico de escravos. Começou desta forma o capítulo mais trágico da história do povo macua: a escravatura. Sobre a escravatura entre os macuas foram levantadas várias hopóteses e feitas diferentes interpretações; entre os Macuas-Meto, existiriam clãs de homens livres e clãs de escravos; outros falam de escravatura doméstica. Seja qual for a interpretação preferida, tanto uma como outra falam de dominação e exploração do homem pelo homem, de homens superiores e homens inferiores, de homens que não são pessoas, pelo que podem ser vendidos, e são-no de facto, como qualquer outro produto ou objecto, podem inclusive, ser mortos impunemente. Existe, numa palavra, a escravatura, praticada por eles e por estranhos. Um capítulo da sociedade macua, que continua aberto ao estudo: quais as causas profundas e as consequências históricas deste fenómeno – é o que falta apurar.”

Sem comentários: