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sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

SEAT 16 - 17: 8 de Janeiro




Saimos do Hotel, encher gazóleo e voltar para traz para apanhar a estrada para o Songo, Cahora Bassa, 160 km. As aldeias têm muitas palhotas redondas e o gado caprino e bovino abunda. Passamos á entrada de uma das minas de carvão e chegamos ao Songo, avistando montanhas imponentes. Vila sofisticada, engenharia hidro eléctrica notável, acidente geográfico espectacular. Lá no alto do monte, uma casa enorme, azul (dizem que pertence ao antigo Presidente, FEG!). Continuamos em direccao à barragem, mais montanha, passagem de novo colo e descida abrupta com muitas curvas. O quadro de floresta tropical em granito recente é incrível. Vamos descendo e chegamos à barragem de Cahora Bassa. Tem cancela fechada e um dos 2 guardas informa que é proibido circular em cima da barragem sem autorização e acompanhamento, de carro ou a pé e para isso teríamos que marcar com antecedência; descemos a montante até ao nível da água, onde estão vários barcos e dois seguranças; o diálogo presta múltiplas informações; debaixo da sombra curta de um catamaram em terra, cumpro o petisco frugal, mas essencial para estrada de montanha; chega uma canoa que deixa um residente da outra margem, com um saco à cabeça; irá vender a Songo; um enxame de borboletas coloridas poisa na lama. Voltamos pela sombra o mais possível, tiramos a fotografia de marca e a outra. Retomamos a estrada de regresso a subir e pouco acima, tem uma placa (aluguer de barcos); viramos à direita e saímos para uma estrada secundária, inicialmente de alcatrão, uma parte degradada, depois pista de pedra, para chegar a um lodje próximo (Ugezi Tiger Lodge), de um SA, com pouco movimento (vimos 10 clientes): bar, restaurante, bungalows, floresta, pesca desportiva, barcos, passeios para ver crocodilos e hipopotamos. Trazemos contacto e lista de preços. Voltamos para a nacional para Tete, atravessamos o Rio Zambeze numa bela ponte e paramos para encher o depósito e levantar dinheiro (5.000 Mt) na Galp de Moatize. A estrada está boa por aqui, anda-se bem. Passamos a mina de Moatize e chegamos à fronteira de Moçambique, Zobué; saímos sem problema, mas ao entrar no Malawi, inicia confusão; visto muito difícil, 1.500 Mt de corrupção mais os 50 $US, demora nos papeis do carro (desaparecem depois da Z ter levantado 10.000 Kwacha = 1.000 Mt no ATM e entregue no balcão), obrigam-nos a ficar a dormir no carro na fronteira, apesar dos muitos pedidos, idade, médico, professor etc.! Comemos pão, frutos e bebemos uma garrafa de vinho rosé que comprei na AS (regular)! Encontro um SA que mete conversa, pai do Lesotho mãe SA, 67 anos, de visita a um amigo no Malawi perto da fronteira com Moçambique; discutimos corrupção e más políticas dos governos africanos, estamos de acordo; ele tem uma quinta no Lesotho, deixada pelo avô, quer produzir forragens para rações, vacas e galinhas. Pede boleia, dizendo que com todas as verificações o autocarro não sairá dali antes das 12 ou 13 horas de amanhã; nao tem problema. Estamos de pé, no meio a rua, em frente ao edifício da fronteira. No chão perto, um grupo de mulheres deitadas conversa em Zulu muito animadas (são do mesmo autocarro do meu amigo). Despeço-me e vou deitar-me no banco do surf.

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