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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Kilimanjaro

20 de Agosto de 2010

O Kilimanjaro, resultante de antiga erupção vulcãnica, originária do Grande Rift, a maior montanha de toda a Africa, está reservado para esta sexta-feira. Cerca de 330 km a Sul do Equador, em cima da fronteira entre a Tanzania e o Kenia, encontram-se 2 volcões adormecidos (Kibo, 5.895 m e Mawenzi, 5.149 m) e um extinto (Shira, 3.962 m). Levanto-me pelas 8 no hotel em Moshi para tomar o pequeno almoço, tiro 150.000 Sh no ATM sem recibo, atesto o depósito e começo a subir a montanha de carro, pista muito dura, irregular, cheia de pedras, zona densamente habitada e cultivada (agricultura familiar), muitas casas bonitas, jardins, várias igrejas cristãs, carne pendurada em muitas barracas e estabelecimentos, porcos, plantações de café, bananeiras, floresta luxuriante. Está fresco e o céu está todo coberto de nuvens cinzento escuro. A montanha não se vê. São cerca de 45 km até à porta principal do Parque Nacional Kilimanjaro. Fui sem guia e em direcção da porta de Umbwe Trail. Passo uma zona de lava totalmente solta e finalmente chego à porta. Um guarda informa-nos que aqui não se pode entrar e fornece-nos um mapa para atingir o local certo. Desco e retomo a direcção da porta de Machame Trail. Retomo o alcatrão e subo à direita em muitas curvas bastante íngremes. È a porta principal do parque. Estão vários jeeps artilhados de safari e vários grupos de brancos, sobretudo anglofonos. O preço de entrada é de 65 $US por pessoa, mais 1 $US. Já não tenho dollars e sou obrigado a pagar 21 $US com o cartão da CGD. Para o guia, Glady, serão 20.000 Sh a pagar no final do percurso. Esta porta principal está já a 1.800 m de altitude. Entramos com o carro para o parking e começamos a subida a pé, bastante íngreme, às 12h 15 min, por uma pista larga; passamos a entrada pedestre (aos 2.000 m) seguindo por um carreiro estreito no meio da floresta imponente. Os fetos gigantes, as lianas de musgo, as árvores enormes, a densidade de toda a vegetação, são inéditas. Por aqui ou acolá, minusculas flores, orquideas, vermelhas e amarelas, roxas, azuis, brancas. A subida é puxada e de quando em quando é preciso descansar. Às 17h 10 min, após quase 5 h de subida rápida, chegamos à cascata, a 2.500 m; provo a água fresca e comemos bolachas e amendois; os únicos animais que vimos foram alguns esquilos e vários pássaros, grandes e pequenos. O céu agora está ainda mais cinzento, totalmente coberto de nuvens. Está fresco, fresco! O Parque fecha às 18 h, assim teremos de iniciar o percurso de regresso. A descida a pé acaba na mesma porta principal, pelas 18h e 22 min. Foram 6 h de marcha esforçada, as pernas estão a doer, muitas fotografias. O guia, Glady, é de etnia e lingua “Chaga”: Eka! (Obrigado!). Regresso à cidade agora sempre por estrada de alcatrão, que desce muito e tem muitas curvas perigosas. Agora já com céu limpo, a figura do Kilimanjaro cheio de neve, recorta-se fortíssima no céu azul. Já em Moshi procuro um restaurante com melhor qualidade que o Hotel, indicam-me um restaurante “Masai”: comida boa, mas caro. Enfim! È para celebrar a grande subida, vale a pena! No hotel, lavar a roupa, arrumar bem as mochilas para amanhã, quando sairemos para mais 560 km, em direcção ao Lago Vitória. Um descanso merecido.

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