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quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Moçambique, anos 90!

“Na década de 90, a comunidade internacional inicia um processo para pôr fim à Guerra civil em Moçambique. Em 15 anos tinha reduzido o país a um caos. No início dos anos 90 tinham morrido mais de um milhão de pessoas e cinco milhões foram arrancados das suas casas, numa população total de 18 milhões. Mais de 90 % da população vivia abaixo do limiar de pobreza e desses 60 % estavam na pobreza absoluta. Para evitar a fome das massas, Moçambique precisava da ajuda externa.
O Governo da Frelimo e o movimento rebelde da Renamo foram incitados pelos parceiros internacionais à negociação, que se foi prolongando. Tendo a Renamo iniciado como um movimento regional, primeiro com os brancos da Rodésia e depois da África do Sul, ganhou uma reputação de crueldade extrema, realizando massacres brutais, mutilações e militarizando crianças; mas também conseguiu apanhar o descontentamento enraizado nas comunidades com as políticas autoritárias da Frelimo, ficando a controlar vastos territórios no centro e norte de Moçambique. Quando se propõe à Renamo de participar numa nova ordem política em 1992, ela está de acordo em desmobilizar o exército, transformar-se num partido político e concorrer a eleições. O acordo de paz foi assinado em Roma a 4 de outubro.”


Martin Meredith. Black Gold. The State of Africa. Simons & Schuster. London. 2011.

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