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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Esforço muscular humano

26 de Dezembro de 2009

A manhã está quente, embora com algumas nuvens para abrandar a potência solar. O Índico cercado na baia é de prata calma. Desço à praia, paro na sombra da acácia. Duas tripulações ocupam-se de pequenos arranjos nas embarcações encalhadas da maré baixa. Contorno a baía e seus naufrágios.

O estabilizador do veleiro foi bem reparado e teve tempo de secar a cola. Muitas crianças, alguns adultos, neste momento disputam-se as sombras todas, escassas. Tinha já sido escavado um leito na areia mole, em forma do casco, ligeiramente descendente até à linha de água, em que as tábuas e rolos foram sendo acomodados. A população juntou-se, a corda e a corrente estavam preparadas. Em coro comandado, incita-se o grupo. 50 homens concentram o esforço muscular ao som da voz cantada bem ritmada. Nem mexe. Nova tentativa. Zero centímetros. O pessoal desanima, a gritaria aumenta. Discute-se.

Já tinhamos pensado, combinado. Traz-se o 4x4. Liga-se a corrente. Puxa. Nem mexe. Precisamos do carro, mas só com a ajuda de todos poderá resultar. Volta-se a reunir o pessoal, todos pegam na corda, alguns na corrente. Coordena-se o comando de voz com o sinal gestual para o “driver”. Mas a população parece que tem medo, a corrente em extensão não oferece confiança. O 4x4 patina. A população observa. Puxa. Patina. Colocam-se tabuas e barrotes, o carro continua a enterrar-se e nem consegue estremecer o barco. Desânimo é geral. Não têm problema, amanhã vamos buscar um tractor potente. O barco vai para a água!

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