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sábado, 2 de outubro de 2010

Back to the continent

18 de Agosto de 2010

De manhã é para passear no mercado da Cidade de Zanzibar, autêntico “souk”: as lojas – de roupa oriental cheia de cores e brilhantes, de sapatos, de ferramentas, de ouro e prata, de quinquilharia, de alimentação, os clientes muito variados e também coloridos, as linhas das ruas e fachadas, a forte influência muçulmana quase que me transportam para Marrocos ou Tunisia, apesar da numerosa população negra. O ambiente é totalmente Muçulmano; de facto esta ilha não é bem Tanzania, mas uma espécie de protectorado. As ruas muito estreitas e as varandas trabalhadas dão a sombra. Os portais de algumas fachadas, em portas e janelas, parecem rendas de bordados. Do terceiro andar, veêm-se os terraços e as torres das Mesquitas. O ATM está a funcionar, saem mais 150.000 Sh. O nosso amigo pede um preço muito exagerado para o bilhete de volta; o dowh de ontem já não está no porto; discutimos e por fim acordamos um preço de 15.000 Sh / pessoa, mas num barco de população normal, maior, carregadíssimo de tralha (frigoríficos, fogões, máquinas de lavar, caixotes) e pessoas, cerca de 25; só há um pequeno espaço para sentar. Pago 500 Sh para entrar no Porto, ao Revolutionary Government of Zanzibar e embarcamos; muita discussão, saimos lentamente do porto com motor, desfraldam a vela e ganhamos velocidade com vento favorável cerca das 13h 30m. O mar está mais agitado que ontem, com algumas ondas de 3 metros e mais; as conversas e debates vão decorrendo em Swaili, sempre muito animadas e sem problemas chegamos a Bagamoio após 3 horas de vela. A saída na praia é dentro de água, com sacos à cabeça. Retomamos o carro, re-arranjo dos sacos, duche, vestir, Tchau, obrigado e até à próxima. Saio com 2.370 km em direcção a nova pista, mais ou menos regular, para chegar a Msata, já na estrada principal de alcatrão; entretanto, já ao cair da noite, ao passar numa aldeia, Masugulu, ruído de arrasto, o pisa pés do lado esquerdo partiu 2 dos 3 apoios e caiu. Indicam-nos uma palhota, falo (mais por gestos) com o mecânico. Gerador, máquina de soldar, deitado na areia por baixo do carro, aplica vários eléctrodos e a situação está resolvida: 20.000 Sh, obrigado e até à próxima. A partir de Msata a estrada está bastante boa, em direcção ao Norte, faço ainda bastantes km de noite, aldeias como Mabuku, Manga, Mkata, Mgambo, atravesso várias barreira de estrada (polícia) sem que me façam parar até chegar a Korogwe. Não há quarto no Motel White Parrot. Dirijo-me ao centro da povoação, antiga e pobre à direita saindo da estrada principal, descobrindo uma pensão local, muito modesta, onde ninguém fala inglês. Quarto sem casa de banho, mas é tarde, estou cansado, não dá para procurar mais nada. Um dos homens da casa acompanha ao restaurante nas Bombas de Gazolina, onde podemos comer – sofrível! Voltamos à pensão, lavar os dentes e cama – sem rede mosquiteira; mas aqui os mosquitos também não aparecem, está bastante fresco!

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