A Poente...

A Poente...
Na Baía de Nacala!

Alfacinha

Alfacinha
encontra Mapebanes

Luso calaico

Luso calaico
visita Etxwabo

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Les grands voyages

10 de Agosto de 2010

Safari Tanzania 1
Saída na terça-feira muito cedo de Quelimane, ainda noite, nevoeiro baixo, pelas longas rectas em cima do velho dique. Em Africa, dizem que é aconselhavel só viajar de dia, assim quanto mais cedo chegar ao destino, melhor. Paragem em Nicoadala para incorporar H – preparativos demoram até ao nascer do dia, pequeno almoço e outros. Arranque em boa ordem, sempre a 90 em estrada de piso regular, música de radio, percorro a baixa Zambézia, verde e plana, passo Namacurra, vários rios, começam a aparecer ao longe alguns picos rochosos e após 1h 30m, sumo e café na pequena cidade de Mocuba. Tento telefonar ao I para combinar o encontro com o H. Os telefones, como é hábito, não funcionam. Atravesso o Rio Licungo pela velha e comprida ponte de engenharia portuguesa, mais 10 km muito bons, rectas ondulandes, depois em Mugeba pista má, estrada cheia de buracos, mais que péssima, velocidade 30 km / hora, segunda, raramente terceira. Estamos já em plena Alta Zambézia e lá muito ao fundo no horizonte o Monte Namuli, por tráz do monte Erego. Paragem para compras de géneros no cruzamento de Nampevo. Ao arrancar, o motor já não pega, parece que a bateria não funciona: abrir capôt, borne solto, impossível de apertar com chave; a fixar à mão em cada arranque, com o capôt aberto! Chato. Uma hora e meia de boa estrada, montes e colinas, até ao petisco no Molocué, onde mora o H; o Glorioso despacha rápido, compro os ótimos amendois a 5 meticais o “vidro” na banca do cruzamento principal. Mais quente ainda até Alto Ligonha, janelas abertas e muito vento e são outras 2 horas até à cidade grande capital do Norte. Como sempre, muito movimento, camiões carregados, centenas de bicicletas e motorizadas, milhares de pessoas, fábricas, comboio, sinais vermelhos. Chego directo no bairro em Nampula, ruas cheias de lixo, barracas de palha, bloco e tijolo, vendas de tudo, roupa, sapatos, malas, capulanas, produtos de limpeza, quinquilharia. Procuro sítio para dormir, está tudo cheio; a única possibilidade, fraca, é por trás do mercado municipal; preencho a ficha e deixo o saco. Passo para a reunião com o I, no Sporting, para falarmos sobre o contacto do colega para a montagem de laboratório na “futura clínica” de Quelimane. Jantamos com um grupo de amigos dele, antigos colegas também, muito bem dispostos e com boas histórias, da vida e de Moçambique, de tradições e factos insólitos. Mas o descanso é merecido e retirome cedo que amanhã é outro dia. São só os primeiros 600 km de viagem. Dou umas voltas nas ruas centrais, ver o movimento, pouco e passo para a residencial Muz que se faz tarde.

Sem comentários: