A Poente...

A Poente...
Na Baía de Nacala!

Alfacinha

Alfacinha
encontra Mapebanes

Luso calaico

Luso calaico
visita Etxwabo

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Zanzibar

17 de Agosto de 2010

Na terça-feira, o trânsito está intenso, com todos os quadros superiores, políticos e outros – bons carros - a entrar na cidade em direcção ao centro administrativo, junto ao Porto; saio de Dar es Salam para Norte, paralelo à costa em direcção a Bagamoio (vila que acolheu em tempos muitos moçambicanos), em estrada boa são 68 km. Pouco depois entro na povoação, pequena, localizo a praia com os dowhs, pergunto logo se há transporte para Zanzibar; um dos presentes pede 50 $US + 100.000 Sh; esta não é a hora de saída (normalmente viajam à noite, a partir da meia noite ou uma da manhã); o vento está contra, terão que usar o motor e o barco é só para nós; OK. Leva-nos a um complexo turístico para deixar o carro guardado (20.000 Sh). Voltamos a pé ao centro da vila e tomamos o pequeno almoço num bar simpático, junto à alfandega, enquanto o nosso amigo trata dos preparativos para a viagem. As portas das casas são muito trabalhadas, em madeira, com bicos salientes, metalizados e geométricos, constituindo autênticas obras de arte. Vamos para a praia. Depois de alguma discussão entre tripulantes e outros, está muito sol e calor apesar do vento do mar, entramos num dowh; a discussão continua, gesticulam, falam muito alto, mudamos para outro; questão, claro, de pagamentos; carregam 6 sacas grandes de areia para lastro e estamos a arrancar. São 5 tripulantes (o nosso “agente” mais 4 marinheiros), 4 horas de viagem, quase sempre à vela, sempre muito sol, céu azul, mar um pouco agitado. Passamos duas ilhas de areia muito branca, alguns pássaros cinzentos e brancos e duas zonas de fundo baixo, com pedras e corais, cruzamos-nos com 2 canoas de pescadores e um dowh de comerciante. Avista-se muito ao longe e chega-se por fim à ilha de Zanzibar, grande, comprida, com fachadas brancas, rosa e castanho, recortadas de muitos arcos, de arquitectura deveras interessante, uma mistura de Ilha de Moçambique e “próximo oriente”, cerca das 17 h. O Porto comercial estava bastante movimentado, 1 navio a descarregar, 2 flutuadores rápidos 1 a sair, vários outros barcos a passar. Saimos pelo porto de carga da população, para uma rua movimentada; os “Chapas” típicos muito decorados apressam-se a descarregar e carregar passageiros, circulam rápido; seguimos em direcção ao porto de pesca, bem mal cheiroso e o mercado do peixe oferece grande e abundante escolha. O nosso amigo ajuda-nos a encontrar um Hotel razoavel, Adam’ Inn Hotel, Malindi Street, 40.000 Sh por noite, com pequeno almoço. Mesmo à frente, na pequena praça, está o carismático e elegante Cine Afrique! Jantar na Pizaria do Italiano, depois do mercado, bom mas caro: clientes só brancos, mas tem cerveja e vinho. Aqui o mercado nocturno é animadíssimo também, com muita gente, abundância inusitada de tâmaras, todo o tipo de frutos, especiarias, legumes e outros manjares, cheiros e cores surpreendentes. Um pedaço de Oriente!

Sem comentários: